FONTE: Catiane Magalhães Repórter, TRIBUNA DA BAHIA.
O período de transição do verão para o outono é um momento de alerta para o corpo humano, pois as mudanças climáticas (queda da temperatura somada a baixa umidade do ar, aumentando a poluição, ventos e falta de chuvas) podem influenciar diretamente no surgimento de patologias.
A estação dos frutos é também a das “doenças típicas” ou sazonais, a exemplo de diarréias, gripes, resfriados, otites (infecção de ouvido), alergias respiratórias, rinites, sinusites, asma, pneumonias e até meningite meningocócica.
De acordo com especialistas, estes problemas podem ocorrer em qualquer época do ano, mas as características do outono e do inverno são propícias para desencadear esses sintomas, pois, além dos fatores externos, nesse período é comum as pessoas ficarem mais próximas e em lugares fechados, o que facilita a disseminação de algumas doenças transmitidas pelo ar.
“No outono a incidência é até maior que no inverno, pois o choque de temperatura é mais abrupto. Saímos do calor extremo do verão para temperaturas mais baixas e ar mais seco. Já quando o inverno propriamente dito chega, nosso organismo está adaptado aos efeitos do outono e os danos à saúde não são tão grandes”, alertou o pneumologista José Luís Teles.
Segundo ele, a associação da diminuição da temperatura, da baixa umidade relativa do ar e do maior nível de poluição atmosférica é uma perigosa combinação que resulta no aumento de casos de doenças respiratórias infecciosas, inflamatórias e alérgicas.
No entanto, atitudes simples no dia a dia, a exemplo evitar aglomerações em lugares pouco arejados e manter as janelas de casa e do escritório sempre abertas, podem ajudar a diminuir as consequências, preservando a saúde.
Outra dica importante é substituir as cobertas de lã por algodão e evitar carpetes, cortinas e bichos de pelúcia, sem esquecer de balancear a alimentação, se hidratar e se preciso for, em dias de baixa umidade relativa do ar, colocar bacias com água em casa.
“No frio as pessoas esquecem de beber a quantidade ideal de água e acham que só precisam fazê-la no verão. Isso não é verdade. A falta de hidratação pode afetar, entre outras coisas, as cordas vocais”, pontua.
No caso das gripes, o médico alerta que o ideal é se proteger tomando a vacina que imuniza contra o vírus. “A prevenção ainda é o melhor remédio e as vacinas são aliadas mais eficazes”, disse, ressaltando que embora a eficácia não seja de 100%, a injeção garante sintomas mais amenos.
Dr. Teles destaca a necessidade de tomar anualmente a vacina com antecedência e não após a infecção, pois ela precisa de pelo menos 30 dias para fazer efeito. O calendário de vacinação do Ministério da Saúde disponibiliza ainda vacina antipneumocócica, que protege contra pneumonias, otites, meningites.(CM).
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