quarta-feira, 28 de março de 2012

MULHERES JOVENS E COM CÂNCER FAZEM POUCO PARA PRESERVAR FERTILIDADE...

FONTE: AGÊNCIA ESTADO (noticias.uol.com.br).


Um novo estudo divulgado pela Sociedade Americana do Câncer descobriu que poucas mulheres diagnosticadas com câncer antes dos 40 anos tomam medidas para preservar a fertilidade durante o tratamento.


O relatório ainda afirma que são necessários mais esforços para que as mulheres se conscientizem da situação e cuidem para que a capacidade de reprodução não sofra danos.


Mais de 120 mil mulheres de menos de 50 anos são diagnosticadas com câncer todo ano nos Estados Unidos.


Como o tratamento para a doença se desenvolve e as taxas de letalidade caem cada vez mais, a preocupação recai sobre fatores indiretos, mas que ainda dizem respeito à saúde e à qualidade de vida.


A quimioterapia e outros tipos de terapia prejudicam a fertilidade, mas os modos alternativos para a reprodução assistida fazem com que os cuidados sejam deixados de lado nesse aspecto.


O doutro Mitchell Rosen, da Universidade da Califórnia, conduziu o estudo com 1.041 mulheres com idades dentre 18 e 40 anos diagnosticadas com câncer, selecionadas aleatoriamente do banco de dados do Registro de Câncer da Califórnia.


Do total, 918 delas foram submetidas a tratamentos que potencialmente afetam negativamente a fertilidade (quimioterapia, radiação pélvica, cirurgia pélvica ou transplante de medula óssea).


Segundo os pesquisadores, 61% delas receberam informações de seus médicos sobre os possíveis efeitos colaterais que os tratamentos causariam quanto à fertilidade.


No geral, apenas 4% delas se preocuparam com a capacidade de reprodução e procuraram preservá-la. Além disso, certos grupos receberem tais informações no momento do diagnóstico e puderam ter mais cuidado com a fertilidade que outras.


"Embora mais mulheres estejam sendo aconselhadas sobre os riscos de sua saúde reprodutiva, muitas ainda não recebem informação adequada sobre as opções no momento do diagnóstico", disse o doutor Rosen.


"Consultas sobre fertilidade e opções para preservar o potencial de reprodução aumentam a qualidade de vida das pacientes e, no geral, a qualidade do tratamento", conclui.


Os autores do estudo ainda afirmam que as disparidades sociodemográficas também afetam o acesso aos serviços de preservação da fertilidade.


"Há ma oportunidade para explorar as intervenções políticas e educacionais para melhorar as diferenças que podem existir na preservação da fertilidade", completa Rosen, cujo estudo indica que mulheres jovens, brancas, sem filhos e com níveis de escolaridade mais alto tiveram mais acesso e se mostraram preocupadas com os meios de proteger sua capacidade de reprodução. AE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário