FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
As futuras mamães que notarem um sangramento na calcinha durante o terceiro trimestre da gravidez não devem hesitar em procurar o ginecologista para fazer exames e avaliar a saúde do bebê. Mesmo que o fluxo de sangue seja pequeno e sem dor, o sangramento pode ser um motivo de preocupação.
De acordo com o ginecologista e obstetra, Domingos Mantelli Borges Filhos, o sangramento durante o terceiro trimestre da gestação pode ter várias causas.
“A partir do momento que ocorre um sangramento e a gestante passa a sentir fortes dores abdominais, se for no primeiro trimestre da gestação, poderá ser um sinal de abortamento, mola Hidatiforme ou de gravidez ectópica, quando o embrião cresce na tuba uterina em vez do útero. A gestante deve procurar imediatamente o seu médico para tentar controlar essa situação”, explica o médico.
A gestante deve ficar atenta ao sangramento vaginal, principalmente no final do terceiro trimestre. Esse sangramento pode ser um sinal de um parto prematuro, descolamento prematuro da placenta ou consequência de um sangramento por placenta baixa (placenta prévia).
“Dependendo da gravidade da situação, é recomendado a gestante ficar em repouso. Em alguns casos, é necessário o adiantamento do parto, para evitar que a saúde do bebê e da mãe seja ameaçada”, afirma o ginecologista.
Ele responde as dúvidas mais comuns.
O sangramento na gravidez é sempre motivo de preocupação?
Na maioria das vezes, um sangramento leve pode até ser normal e não apresentar risco para a saúde da mãe e do bebê.
“A partir do terceiro trimestre, o sangramento pode significar problema mais sério como a placenta prévia ou o descolamento prematuro de placenta. A placenta prévia acontece, porque o órgão responsável pela oxigenação e alimentação do feto, se encontra no lugar errado dentro do útero”, esclarece o ginecologista.
Na maioria das vezes, o sangue pode ser notado em pequenas quantidades. É escuro, não vem acompanhado de cólicas ou dores e pode permanecer por vários dias.
“Para controlar o sangramento, a gestante deve usar um absorvente íntimo para monitorar a quantidade e que tipo de sangramento está ocorrendo. Deve evitar duchas vaginais ou relações sexuais durante um sangramento ativo”, orienta o médico.
Nem todos os sangramentos significam risco de vida. Por isso, é importante manter a calma e procurar orientação médica.
Quais são as causas do sangramento no terceiro trimestre?
O sangramento anormal a partir da segunda metade da gravidez é considerado mais sério, porque pode ser indício de problemas com a mãe ou com o bebê. Entre as causas desse sangramento no segundo ao terceiro trimestre, se destacam:
-- Hematoma Intra-Uterino
É quando uma bolsa de sangue se forma no útero, na maioria das vezes, devido a um descolamento placentário. O médico deve acompanhar a gestação com mais cuidado e pode recomendar repouso para a gestante.
-- Problemas com a placenta
Qualquer sangramento depois de 20 semanas de gravidez pode indicar descolamento de placenta ou placenta prévia.
-- Parto prematuro
Sangramento a partir do segundo trimestre pode estar relacionado com trabalho de parto prematuro e, na maioria das vezes, vem acompanhado de contrações.
O que fazer?
Após a gestante notar qualquer sangramento, é recomendado que ela fique em repouso e procure pelo médico imediatamente. Também deve evitar fazer grandes esforços ou atividades físicas e beber bastante água.
Além disso, não deve tomar nenhum remédio sem conversar com seu médico.
“É possível evitar problemas durante a gravidez que ocasionem sangramentos fazendo exames durante toda a gestação e principalmente no pré-natal”, alerta o ginecologista.
Quando procurar ajuda médica?
A gestante deve procurar imediatamente o seu médico quando notar corrimento vaginal com resíduos, acompanhados de tonturas, desmaio, sangramento severo, com ou sem dor, e febre acima de 38°.
“A gestante deve comparecer ao ginecologista, assim que ela tiver uma hemorragia vaginal. A prevenção é a única maneira de evitar um problema mais sério e de tratar outros possíveis problemas durante a gestação”, aconselha Domingos Mantelli Borges Filho.
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