FONTE: DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Uma dose de otimismo parece ter impacto positivo no tratamento do câncer. Porém, em excesso, pode fazer mal, mostra um estudo publicado no jornal "Ethics & Human Research".
O estudo, feito pelo Centro de Ética em Cuidados com Saúde, da Universidade de Oregon (EUA), mostrou que o otimismo irrealista é comum em quem tem a doença, e leva muitos pacientes a entrarem nas fases iniciais de pesquisas com novas drogas sem levar em conta os riscos.
Nessas fases, é testada a toxicidade da droga, e não há nenhuma garantia de efeitos terapêuticos.
Apesar de isso estar informado no termo de consentimento, que deve ser assinado pelos participantes da pesquisa clínica, os pesquisadores da Universidade de Oregon concluiram que a expectativa de cura leva os pacientes a ignorarem os riscos.
Apesar de isso estar informado no termo de consentimento, que deve ser assinado pelos participantes da pesquisa clínica, os pesquisadores da Universidade de Oregon concluiram que a expectativa de cura leva os pacientes a ignorarem os riscos.
Entre os problemas apontados no estudo, isso faz com que muitas pessoas deixem de lado os cuidados paliativos, que podem proporcionar melhor qualidade de vida, por uma expectativa de cura com poucas probabilidades concretas.
Além disso, o otimismo exagerado faz com que os pacientes ignorem os efeitos colaterais do remédio que está sendo testado. Os pesquisadores observaram também que muitos não relatam esses efeitos, com medo de terem de sair da pesquisa com o novo medicamento.
Isso acaba prejudicando não só os participantes, mas também pode deturpar os resultados da pesquisa.
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