FONTE: DA FRANCE PRESSE (www1.folha.uol.com.br).
As crianças que mostram pouco controle de si mesmas aos 3 anos correm maior risco que as demais de sofrer, antes dos 32 anos, problemas de saúde, com drogas, dificuldades financeiras e com a justiça, segundo um estudo publicado na segunda-feira (24) nos Estados Unidos.
Pesquisadores da Universidade Duke, da Carolina do Norte estudaram durante mais de 30 anos mais de mil crianças na Nova Zelândia, que se autoavaliaram e foram avaliadas por seus professores, pais e outros observadores.
Entre os critérios de avaliação incluem-se: incapacidade para controlar a raiva, falta de perseverança para alcançar objetivos, dificuldades para terminar tarefas, hiperatividade, tendência a agir antes de refletir, dificuldade para esperar sua vez, agitação e falta de escrúpulos.
As crianças com as notas mais baixas nestes critérios foram as que, quando adultas, mostraram mais problemas respiratórios, doenças venéreas, excesso de peso, taxas elevadas de colesterol e hipertensão arterial, segundo a psicóloga Terrie Moffitt, da Universidade Duke, uma das principais autoras desta pesquisa realizada por uma equipe internacional.
O trabalho foi publicado nos anais da Academia Nacional americana das Ciências (PNAS), com data de 24 a 28 de janeiro.
Além disso, a impulsividade e a relativa incapacidade para pensar a longo prazo, combinadas com um escasso autocontrole, fazem com que estas pessoas tenham dificuldades para administrar suas finanças, desde economizar até reembolsar um empréstimo hipotecário.
Estas crianças também têm grandes probabilidades de se tornar mães solteiras, alcoólatras, fumantes ou consumidoras de outras drogas, e inclusive de ter problemas com a justiça, determinaram os autores do estudo.
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