FONTE: Jolivaldo Freitas, TRIBUNA DA BAHIA.
Rapaz, tenho uma caída por mulher retada e tenho a impressão que meu amigo o professor Roberto Albergaria, lá na Rádio Metrópole (aliás, Mário Kertész está ficando mais idoso e mais desbundado – no sentido de descolado, seus maldosos; está parecendo menino pirracento) poderia escrever um tratado para explicar.
Só acho legal damas que ameaçam, rosnam, peitam e colocam a gente no nosso devido lugar. Não gosto de mulher mole nem de Maria-mole.
Daí que a deputada Maria Luíza, que o povo – êta povo fofoqueiro este povo baiano – diz que manda no prefeito, nada mais faz do que colocar o homem pra frente.
Todo mundo sabe que por trás de um grande homem existe uma mulher retada. A moça, na verdade, é voluntariosa e isso ninguém pode deixar de elogiar.
Um amigo, que foi colega dela não sei se no Isba ou Maristas, diz que ela sempre foi assim. Portanto, quando João Henrique a escolheu para consorte, já o fez com a ideia de que precisava de uma mulher chegada na zorra.
E deve ser feliz, senão não ficava. Bobo ele não é. É manhoso e tinhoso.
Eu mesmo tenho um passado glorioso com mulheres envenenadas nas turbinas. Tive uma que antes mesmo de dar bom-dia já me jogava fora da cama com raiva e metia o dedo na minha cara dizendo:
- Me respeite seu moleque.
Eu assustado e tremendo de ter sido arrancado de um sono bom apenas balbuciava: - Mas não fiz nada!
Ela:
- Vai fazer. Eu sei. E já estou tomando minhas providências.
No entanto, era bom estar com ela que não me deixava fazer nada. Eu não podia ir num banco que ela não deixava. Jogar tênis só com sua supervisão. Vir para a redação trabalhar somente se João Ubaldo Ribeiro garantisse que eu não sairia de perto dele e Alex Ferraz atestasse que eu estava me comportando bem.
Mesmo assim, de vez em quando ela dava uma incerta, fazia uma visitinha de surpresa e eu, como o resto do jornal, ficava quieto, calado. Até o porteiro se tremia todo. Mas, era protegido, recebia mesada e ela cortava minhas unhas e aparava o cabelo do nariz.
Outra mulher virada no Satanás que tive não era mais mansa. Permitia que eu fosse jogar futebol, contando que chegasse às 21 horas.
Ah! Se eu passasse um minuto levava o prato de comida na fuça, pois ela já deixava meu jantar quentinho esperando, guardanapo posto, talheres, copos e até me educou ensinando qual a faca para peixe, a taça para vinho e a não arrotar ou encostar os cotovelos na mesa.
Apanhei, fiquei roxo, mas muito educado.
Quase fino.
Então tive uma noiva que era jogadora de basquete, e uns 18 centímetros mais alta do que eu, que tinha a mania de me dar cascudo se eu olhava para os lados.
Também tinha o hábito de arrancar os botões da minha camisa, perguntando:
- Vai encarar?
Nunca encarei.
Mas, esta moça me ajudou muito.
Revisava meus livros, opinava sobre a roupa que eu vestia, ajudava nas compras para minha casa e com isso economizei um bom dinheiro, tanto que deu para comprar um fusquinha e ainda me incentivou a pintar e fazer esculturas, embora minha mão estivesse descascando de lavar prato e roupas.
A vida é assim mesmo.
Veja o exemplo de Barack Obama.
Quer me dizer que Michelle não lhe dá uns safanões?
E Angelina Jolie que, está na cara, dá uns piparotes em Brad Pitti.
Me diga aí se Dilma Roussef não batia no marido. Fale a verdade: o jogador Adriano “Imperador” não apanhava da mulher e mesmo assim era artilheiro? Maria Bonita não era mais “macho” que Lampião? Mercedes não manda em Gabriel Garcia Marques?
Zélia Gattai não puxava as orelhas de Jorge Amado? Dona Ruth não enquadrava FHC e dona Dulce não fazia o presidente Figueiredo virar um gatinho.
Mas, todas estas mulheres protegendo, amando e impulsionando seus homens.
Homem que é homem precisa de mulher que mande.
Senão a casa fica uma bagunça.
Então, eu gosto de dona Maria Luíza e pronto!
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