FONTE: DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Cerca de dez anos atrás, um médico de fato receitou vinho para um paciente que estava com o colesterol acima do normal, de acordo com artigo do "Journal of the American Medical Association".
Segundo conta o paciente, na época, "parecia haver muita literatura sobre os benefícios do álcool, especialmente do vinho tinto". O fato coincidiu com um ligeiro aumento de seu colesterol.
"Com o resultado do meu colesterol, meu médico me disse: "Por que você não toma um pouco mais de vinho tinto?'", afirmou o paciente, identificado como "Mister Q", que mora na região de Boston e trabalha como consultor de planos de saúde.
Recentemente, ele começou a questionar seu hábito, ao ler sobre problemas que o álcool poderia trazer. Seu médico atual, Kenneth Mukamal, debateu o caso em uma conferência, publicada na revista. Mukamal fez uma revisão do tema para aconselhar o paciente.
Ele concluiu que, entre homens de 35 a 59 anos livres de doença cardiovascular, diabetes ou hipertensão, como Mr. Q, a mortalidade é maior entre abstêmios do que entre quem bebe com moderação.
Quanto ao paciente específico, ele concluiu: "A melhor evidência sugere que tomar álcool regularmente vai aumentar o colesterol "bom" e diminuir seu risco de infarto, mas o benefício é modesto."
Curtis Ellison, coordenador do Fórum Internacional Científico sobre Pesquisa em Álcool, diz que a capacidade individual de metabolizar o álcool varia muito.
Para alguns, duas doses já é muito. Outros toleram grandes quantidades.
"Se me perguntam quanto podem beber com segurança, digo: "Não me pergunte, pergunte à sua esposa!'", disse o médico.
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