FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Arthur Amorim Santos, de 9 anos, conhecido por saber muito sobre dinossauros, morreu na madrugada de terça-feira (25) no hospital A.C. Camargo, em São Paulo. O enterro foi ontem em Maceió, cidade natal do garoto. Ele convivia com uma forma rara de câncer, que acometia o lado direito do rosto.
O ‘paleontólogo precoce’ não só gostava de dinossauros como também sabia informações sobre como os animais evoluíram e os períodos em que viveram. Ele chegou a lançar um livro chamado “As Aventuras de Yoshito”, sobre os animais que admirava.
Em dezembro, Arthur compareceu com os pais Cláudio e Juliana ao “Programa do Jô”, da TV Globo, para falar sobre dinossauros. Na ocasião, o apresentador lhe entregou um boneco e questionou sobre qual espécie pertencia. O menino respondeu: “A fábrica inventou este dinossauro, ele não existe”.
RECEPÇÃO COM PALMAS.
Para o pai Cláudio Santos, a lembrança de Arthur é de um garoto sábio. “Todo mundo ficava impressionado com a inteligência dele, mas eu acho que vou guardar a sabedoria e a generosidade”, contou o pai ao G1 na tarde de ontem.
Para o pai Cláudio Santos, a lembrança de Arthur é de um garoto sábio. “Todo mundo ficava impressionado com a inteligência dele, mas eu acho que vou guardar a sabedoria e a generosidade”, contou o pai ao G1 na tarde de ontem.
Os últimos dias de Arthur foram esperançosos, segundo o pai, já que o menino não se entregava à doença. “Ele nunca esmoreceu, sempre estava otimista. Foi uma pessoa feliz durante toda a vida”, lembra o pai.
Nas horas antes da morte, Arthur tomou dois banhos e pediu para brincar com o irmão. Mandou chamar o pai, que havia saído rapidamente do hospital. Ao chegar no local, foi recebido com palmas pelo filho. “Eu voltei correndo quando ele chamou, era a tarde de segunda-feira”, diz o pai.
“Quando ele voltou para a cama, começou a ajeitar os travesseiros, sozinho. Ele não gostava que o tivessem como alguém incapacitado. Não me deixou que eu o ajudasse. No final, olhou nos meus olhos. Fez um suspiro. Morreu sem sofrimento.”
A diretora de pediatria do hospital A.C. Camargo, Cecília Lima da Costa, que cuidou do caso de Arthur, lembra do menino como uma pessoa madura. “Ele passou dois anos dentro de hospital, era bem informado, sabia de tudo o que estava acontecendo, era inteligente”, conta a médica.
O rabdomiossarcoma, doença que acometia o garoto de Maceió, é um tumor que geralmente atinge crianças da mesma faixa etária.
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