FONTE: Lucy Andrade, TRIBUNA DA BAHIA.
A Bahia voltará a ser produtora de medicamentos. Após 12 anos extinta, a Bahiafarma ressuscitará, com a produção de dois medicamentos, o Sevalamer, destinado ao controle dos índices de fósforo em doentes renais crônicos, e o Cabergoline, utilizado no controle de tumores. A reabertura da unidade farmacêutica foi anunciada ontem pelo Governador do Estado, Jaques Wagner, pelo ministro da saúde, Alexandre Padilha e pelo secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, durante uma reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), no Centro Administrativo.
As unidades farmacêuticas serão instaladas no CIA e em Vitória da Conquista. A nova fundação terá por finalidade a realização de um escopo ampliado no campo farmacêutico, que abrange a pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, fornecimento e distribuição de medicamentos essenciais e outros medicamentos de interesse social, para órgãos e entidades que integram o Sistema Único de Saúde – SUS.
“É um momento histórico a reabertura da Bahiafarma, uma aposta do nosso governo, para que a Bahia volte a ser inserida no cenário nacional como um estado produtor de insumos farmacêuticos, condição perdida em 1966. Será reaberta como uma fundação estatal, que, além de fornecimento de medicamentos, atuará também na pesquisa cientifica”, disse o governador.
“É um grande passo para o desenvolvimento do Nordeste, pois além de atuar na produção de medicamentos, a Bahiafarma irá ajudar na formação de profissionais e no aumento de emprego nas regiões, e consequentemente da economia”, ressaltou Alexandre Padilha.
Além do anúncio da reabertura da Bahiafarma, o ministro da saúde e governador também entregaram dez unidades odontológicas móveis, que irão atender dez municípios baianos, carentes de serviço público odontológico, Antas, Araci, Barro Alto, Brotas de Macaúbas, Cansanção, Gandu, Heliópolis, Ibititá, João Dourado e Queimadas. Cerca de 350 pessoas serão atendidas por mês, em cada unidade.
De acordo com ministro da saúde, Alexandre Padilha, a aquisição de cada unidade móvel custou cerca de R$ 154 mil, equipadas com cadeira odontológica, kit de pontas, cadeira, refletor, amalgamador, fotopolimerizador, raio-X odontológico e autoclave.
“É um grande passo para a saúde pública, pois os dentes mexem com a autoestima. Muitas pessoas deixam de trabalhar e estudar por causa de problemas bucais. E é um caso de saúde, que deve ser assistido pelo governo”, disse o ministro.
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