sábado, 18 de junho de 2011

DISTÚRBIOS ALIMENTARES PODEM POROVOCAR DEPRESSÃO NA GRAVIDEZ...

FONTE: Do site minha vida, TRIBUNA DA BAHIA.


Estudo realizado pela Chapel Hill School of Medicine, da University of North Carolina, Estados Unidos, traz novas pistas sobre a ligação entre depressão e gravidez. Os resultados sugerem que fatores psicológicos anteriores à gravidez, como distúrbios alimentares, aumentam as chances de a mulher desenvolver a doença durante a gravidez ou depois do parto.


Foram acompanhadas 158 grávidas e mulheres que acabaram de ter seus filhos, que tratavam a depressão na UNC?s Perinatal Psychiatry Clinic. Percebeu-se que um terço das pacientes reportou histórico de transtornos alimentares.


Outras, ainda, sofreram abuso sexual no passado. A gravidez é um período muito delicado, com rápidas mudanças corporais, níveis hormonais fora do comum e mudanças significativas de estilo de vida. Esses fatores combinados deixam a mulher vulnerável, o que se agrava quando há histórico de problemas psiquiátricos.


Por isso, os pesquisadores acreditam que a gravidez é o período ideal para que os médicos intervenham na saúde mental feminina, já que há uma motivação especial: o bebê. Por ele, as futuras mães se animam, pois seus problemas podem trazer consequências ao filho.


Considerando a vulnerabilidade da mulher no período da gravidez, ferramentas de análise da saúde mental da grávida devem ser incorporadas ao acompanhamento pré-natal, o que permitiria um tratamento adequado da depressão.


Medidas assim, afirmam os estudiosos, poderiam prevenir problemas futuros para mãe e bebê, já que a depressão pós-parto não diagnosticada e tratada pode causar consequências para a família toda, em especial para a criança.

APOIO DA FAMÍLIA É FUNDAMENTAL.

A maioria das mulheres fica mais sensível depois do parto. A acentuada queda dos hormônios sexuais, depois do nascimento do bebê, é uma das principais razões para o aparecimento da depressão pós-parto.


Contudo, há outros fatores importantes que contribuem para o desenvolvimento da doença, como o relacionamento familiar (marido e filhos) e problemas em administrar a nova rotina. As características psicológicas prévias de cada mulher também interferem neste processo.


Uma mulher com tensão pré-menstrual acentuada ou processos depressivos anteriores está mais sujeita a enfrentar o problema após a gravidez.


O apoio familiar é essencial para que a mãe enfrente este momento da vida. As novas tarefas exigidas pela maternidade, às vezes, são exaustivas em um primeiro momento, deixando a mulher estressada e confusa sobre seus sentimentos.


Portanto, o papel da família é tranquilizar a nova mamãe, assegurando que a fase de estranhamento e estresse seja transitória. Após o nascimento do bebê, a mulher se mostra mais fragilizada devido à mudança hormonal e à nova situação familiar.


O fato de não contar com o parceiro, seja porque ele trabalha muito ou é ausente, pode interferir nesse momento, pois normalmente filhos são frutos de um projeto do casal. Se a expectativa feminina é a de ter o companheiro presente, ela deve conversar com ele a respeito de suas necessidades.


O apoio familiar e de amigos é bem-vindo, mas não substitui a falta ou a expectativa que ela se sente em relação ao cônjuge.

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