FONTE: NICHOLAS BAKALAR, DO "NEW YORK TIMES" (www1.folha.uol.com.br).
Mesmo um breve atraso no atendimento médico após um ataque cardíaco pode significar a diferença entre a vida e morte. Um novo estudo sugere que ser casado é fator importante para se conseguir um tratamento mais rápido. Contudo, apenas para o homem.
Pesquisadores do Canadá verificaram o tempo para chegar ao local de tratamento após o início das dores no peito --um dos sintomas de um ataque cardíaco-- de 4.401 vítimas de ataques cardíacos, entre elas 1.486 mulheres.
Em um estudo publicado on-line na segunda-feira (25), na revista "The Canadian Medical Association Journal", cientistas definiram chegada tardia como sendo um atraso de seis horas ou mais contado do começo das dores até o início do tratamento.
Em media, as vítimas casadas de ataque cardíaco chegaram ao hospital meia hora mais cedo do que as solteiras.
No entanto, ao analisar os dados de homens e mulheres isoladamente, os pesquisadores descobriram que a possibilidade dos homens casados chegarem atrasados era 60% menor. Porém, para as mulheres não havia diferença significativa no atraso de casadas e solteiras.
"Com mais frequência, as esposas assumem o papel de cuidadoras e aconselham os maridos a ir para a sala de emergência", afirmou Clare L. Atzema, principal autora do estudo e professora adjunta de medicina de emergência da Universidade de Toronto.
"Porém, nas palavras do meu marido, mesmo se eu não estivesse presente para dizer a ele para ir ao hospital, ele ouviria minha voz dizendo isso. Mesmo quando não estão presentes, as mulheres exercem uma influência considerável".
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