COMO RECUPERAR ARQUIVOS PERDIDOS?...

FONTE: Rodrigo Vilas Bôas REPÓRTER, TRIBUNA DA BAHIA.

Imagine se o cartão de memória da sua câmera fotográfica pifasse de uma hora para outra. Imagine ainda se, na memória desse cartão, estivessem armazenadas todas as fotos feitas no 1º aniversário de seu filho – ou no seu casamento. Diante dessa situação, o que você faria? Saberia como recuperar os arquivos perdidos?

Em alguns casos, é possível reaver os dados, seja com a ajuda de softwares específicos (em alguns casos, funciona), seja enviando os dispositivos para uma empresa especializada em recuperação – o que significa ser obrigado a gastar dinheiro.

As empresas de grande porte voltadas para a recuperação de dados contidos em cartões de memória, pen drives, HDs, dentre outros componentes, estão situadas em outros estados, mais precisamente na região Sudeste do país.

Foi justamente para “tentar salvar o que havia perdido” que a empresa onde Marcos Moreira trabalha recorreu à recuperação. “Nossa base de dados era antiga e continha dados confidenciais da empresa. Deu certo. Foi a salvação de toda a nossa equipe de TI”, brinca o supervisor de equipamentos.

O investimento para a recuperação foi de R$ 8 mil, divididos em cinco vezes. “Foi caro, mas, diante do conteúdo, valia a pena desembolsar esse dinheiro”, completa Moreira.

Realizada pela CBL, empresa canadense que possui laboratórios em 10 países, o serviço teve 100% de êxito, ou seja, todo o conteúdo foi recuperado. No Brasil, o cliente é atendido por meio de um 0800 em qualquer dia da semana.

O serviço funciona 24 horas por dia. De acordo com a diretoria de Operações da CBL na América Latina, em mais de 90% dos casos, os dados contidos nos dispositivos são totalmente recuperados. Assim como a maioria das empresas do segmento, a CBL não cobra pelo orçamento.

No entanto, caso o cliente não queira executar o serviço, o componente já terá sido violado (ou seja, aberto). Nesse caso, se encaminhado para outra empresa posteriormente, pode ser preciso pagar uma “taxa de violação”.

A CBL não cobra essa taxa. Mas, conforme a direção da empresa, “a dificuldade de recuperação aumenta e, consequentemente, o valor do serviço será maior. Além disso, as chances de recuperação dos dados diminuem”.

Outra empresa especializada em recuperação de dados é a Data Recover, que cobra pelo orçamento entregue ao cliente e caso receba um cartão de memória que tiver sido violado.

Bem, quando a empresa é de grande porte, pode se dar ao luxo de pagar caro para recuperar dados. Mas não é todo mundo que tem “coragem” (leia-se dinheiro sobrando) para arcar com os preços praticados no mercado de recuperação de dados. O advogado Hélio Jorge de Carvalho, 34 anos, teve problema com o HD de seu computador e chamou um técnico para fazer testes.

Constatou-se a existência de defeito físico, ou seja, no próprio aparelho. Para ser recuperado, seria preciso que ele enviasse a alguma empresa do ramo. Na época, ele chegou a entrar em contato com a CBL, e foi informado de que o serviço poderia custar R$ 1 mil. “Como não havia algo extraordinariamente importante na memória, deixei de lado”, conta.

O advogado possui ainda dois pen drives da Kingston com defeito físico. Pensou em recuperar os dados também, mas desistiu por achar o serviço dispendioso. “O melhor a fazer é comprar um novo pen drive”, aposta.

O preço dos serviços geralmente não é fixo. Cobra-se pelo número de peças danificadas e que tiveram de ser substituídas. Quando o conteúdo é desprezível, tudo bem. É só esquecer que já teve um dia o componente e os conteúdos nele armazenados. Quando, contudo, a salvação da lavoura é reaver tudo que está na memória do dispositivo, é preciso pagar pela recuperação.

A empresa Hospital do HD, especializada em recuperação de dados, ressalta que, antes de enviar um dispositivo pelos Correios, deve-se procurar embalá-lo da melhor forma possível. “O ideal é que um hard disk fique, de preferência, no meio da caixa, que deve ser quatro vezes maior que ele próprio”.

EMPRESAS QUE EXECUTAM O SERVIÇO DE RECUPERAÇÃO DE DADOS NO PAÍS...

CBL – Pode ser acessada pelo endereço eletrônico www.cbltech.com.br ou pelo 0800-6431166. Está presente em 10 países e possui 11 laboratórios. No Brasil, possui escritórios localizados em Curitiba, São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Campinas.

Data Recover – Pode ser acessada pelo endereço eletrônico www.datarecover.com.br ou pelo 0800-7029022. A empresa iniciou suas atividades no País em 1994. Hoje possui escritório em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Promete fazer diagnóstico do dispositivo em até seis horas. Nesse caso, cobra uma taxa específica.

Hospital do HD – Pode ser acessado pelo endereço eletrônico www.hospitaldohd.com.br Funciona em São Paulo e atende pelos telefones 11-3104-0392 ou 11-3295-6729.

Casa do HD – Pode ser acessada pelo endereço eletrônico www.casadohd.com.br Funciona em São Paulo e atende pelos telefones 11-5575-7180 e 11-5575-6159.