segunda-feira, 5 de março de 2012

TRANSTORNO MENTAL AFASTA CADA VEZ MAIS TRABALHADORES...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.



O afastamento de trabalhadores por transtornos mentais no País subiu 2% ano passado, atingindo a marca de 12.337 casos, segundo revelou ontem o INSS. A elevação preocupa porque a alta ocorre ao mesmo tempo em que o número de acidentes de trabalho apresentou redução de 7,2% entre 2008 e 2010, caindo de 755.980 ocorrências para 701.496.




Os dados são do último Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, documento produzido pelo INSS. Os chamados transtornos mentais e comportamentais ocupam o terceiro lugar em quantidade de concessões de auxílio-doença acidentários pela Previdência, e acendem sinal de alerta para trabalhadores, profissionais de recursos humanos e empresários.




Segundo o INSS, “dentro dos transtornos mentais e comportamentais, as doenças que mais afastaram os trabalhadores em 2011 foram episódios depressivos, outros transtornos ansiosos e reações ao estresse grave e transtornos de adaptação”.


Diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional da Previdência, Cid Pimentel alerta para o fato de toda profissão conter um grau de estresse. “Até os profissionais do sexo sofrem com o estresse, afinal, essas pessoas trabalham com o prazer, mas não necessariamente o prazer delas próprias”, comenta.


EM BUSCA DE ATESTADOS.
O diretor do Departamento de Políticas de Saúde da Previdência destacou que o estresse e a depressão estão banalizados nos lares e empresas brasileiras.


Segundo ele, as pessoas não buscam alternativas como viagem para relaxar. “Em meu trabalho em ambulatório, grande parte das pessoas que alegavam estresse, na verdade, estava em busca de atestado”, observa.


RECOMPENSA INSATISFATÓRIA.
Psiquiatra e pesquisador em Saúde Pública, Cid Pimentel alerta para os benefícios da terapia ocupacional.


“Eu presenciei o esforço feito para transformar o trabalho em atividade terapêutica”, diz o diretor do INSS. “No entanto, o trabalho em escala, em condições insalubres e a recompensa insatisfatória são fatores que podem deflagrar a doença”, acrescenta.




A rotina diária dos trabalhadores brasileiros é um agravante. Agrava o problema.

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