FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
O baiano já deve se preparar para mais um aumento que está vindo por aí. Trata-se do gás de cozinha, que no mês de outubro não teve nenhuma alteração oficial no preço na Bahia, diferente de outros estados em que o aumento foi de 1,08%, quase o dobro da inflação do período, de 0,65%, medida pela prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15.
A informação foi fornecida pelo presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), Alexandre Borjaili, via celular, para a Tribuna.
De acordo com Borjaili o preço do gás na Bahia nos próximos meses poderá ter um aumento de R$2,00, enquanto em outros estados já foram aplicados até 50% no valor do produto. Na sua opinião isto é abusivo porque as distribuidoras “estão dizendo que é por causa do acordo coletivo dos funcionários, mas isto não é verdade porque não estão fechando acordo, já que os empregados estão em greve em muitos destes estados”, afirmou Borjaili.
Ele citou os funcionários de distribuidoras de gás de Minas Gerais que paralisaram durante um dia, voltaram ontem pela manhã para abastecer para que a população não sofresse mais, no entanto prometeram retornar se caso as empresas fechassem o acordo. Em outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás trabalhadores estão em greve.
Nesta história a população é quem sofre as consequências, segundo o presidente da entidade os reajustes devem continuar nos próximos meses devido ao repasse à população dos 12% de alta que tiveram de absorver nas últimas semanas. “Acho que o governo deveria intervir”, afirmou.
Um exemplo desta elevação de preço, se pode citar a capital do país, Brasília, um botijão está sendo negociado, em uma média de R$ 50, não incluindo o valor cobrado para a entrega em casa.
Borjaili afirma que a Bahia não sofreu aumento desde setembro, pois a tabela continua com o mesmo valor. Aqui em Salvador, a maioria das donas de casa sabe que existem preços diferenciados, em setembro houve aumento de 6,25%, ou seja o preço do gás em média ficou R$34 a R$ 36, sem o valor de entrega em casa que pode chegar até R$40 ou mais.
População reclama.
Para a costureira Madalena Silveira mais um aumento vai ser muito significativo no orçamento. “Toda hora inventam uma desculpa para aumentar , deste jeito não sei onde vamos parar. E a gente tem que pesquisar onde encontra mais barato o gás porque os preços variam dos que entregam no caminhão da Brasilgás e outras e dos revendedores de bairros que já vendem bem mais caro. E o pior que não temos onde reclamar”, lamentou.
A aposentada Angelina Gonçalves conta que nem se assusta mais com estas oscilações de preço porque toda vez que adquire o produto é um preço diferente: “Lá em casa dura uma média de três meses, só mora eu e uma filha. Praticamente fazemos as refeições fora de casa e só à noite ou nos finais de semana utilizo gás. Engraçado que cada vez que compro me deparo com um preço diferente. Isto mostra que tem vários aumentos ao ano”.
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