FONTE: Emerson Penha/Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
O chip microfluido, que já existe em laboratórios de análises químicas de ponta em outras partes do mundo, foi adaptado na África do Sul para ajudar no combate à tuberculose. Ele é capaz de fazer, em frações de segundo, análises bioquímicas que máquinas convencionais levariam dias.
“É como se fossem milhares de pesquisadores ao mesmo tempo”, diz o engenheiro ugandense que desenvolveu a novidade, Fréderic Balagadé.
A tuberculose é a doença que mais mata na África do Sul. Autoridades da área de saúde preveem que, até o fim do ano, cerca de 90 mil pessoas morrerão vitimadas pelo mal. Além disso, é a principal causa de mortes entre a população mais pobre.
O tratamento existente é eficaz; porém, como leva meses, alguns pacientes imaginam estar curados e abandonam o tratamento. Semanas depois, a doença volta com força total e o bacilo de Koch, micro-organismo causador da tuberculose, fica resistente aos antibióticos.
Além de proporcionar um diagnóstico muito mais rápido, o que é fundamental para a eficácia do tratamento, o chip microfluido ainda pode contribuir nos estudos sobre os mecanismos que tornam o bacilo resistente aos medicamentos.
Um centro tecnológico que custou o equivalente a R$ 30 milhões está em fase final de implantação, em Durban, para aprimorar as pesquisas e dar início à produção de equipamentos.
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