FONTE: CORREIO DA BAHIA.
Foi encontrada quase uma centena de páginas com anotações feitas por bandidos da quadrilha de Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afirmou que as ordens que resultaram na morte de policiais militares foram dadas por chefes da facção criminosa PCC que atuariam na favela de Paraisópolis, na zona sul. Ontem, a PM estourou uma central do PCC em Paraisópolis onde eram planejados os ataques. Foi encontrada quase uma centena de páginas com anotações feitas por bandidos da quadrilha de Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí.
Em 30 delas, havia nomes, endereços e características físicas de policiais civis e militares marcados para morrer que moravam nas zona sul e leste da capital. Os homens do 16º Batalhão descobriram o lugar, na Avenida Independência, depois de um levantamento de informações feito para deflagrar a ocupação na segunda maior favela de São Paulo. Com base em documentos, os policiais deduziram que os bandidos do PCC montaram um serviço de informações com o objetivo de reunir dados como os endereços residenciais de policiais. A maioria dos PMs vítimas de execução foi atacada perto de casa ou do lugar onde faziam bico como segurança na folga.
Os bandidos chegaram ao requinte de descrever fisicamente seus alvos para instruir os pistoleiros designados para os atentados. Pela primeira vez foram encontrados indícios de que a organização criminosa pretendia atacar policiais civis. O lugar onde a lista foi encontrada fica próximo da casa de Edson Santos, o Nenê, o braço direito de Piauí que foi preso segunda-feira pela PM. Desde janeiro, 86 PMs foram mortos no estado.
Na madrugada de ontem, outras cinco mortes foram registradas em São Paulo, o menor número desde que começou uma onda de violência na semana passada. Dois suspeitos morreram em troca de tiros com policiais na zona leste. Um ônibus também foi incendiado por criminosos durante a noite. Ninguém ficou ferido.
Por volta da 0h30, dois homens, um deles armado, entraram no ônibus e mandaram o motorista descer. Em seguida, jogaram combustível no coletivo, atearam fogo e fugiram.
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