FONTE: Com informações da Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Um chip fixado no uniforme da escola monitora as entradas e saídas de estudantes e informa o horário em tempo real aos pais por meio de mensagem por celular. Esse sistema foi adotado, em caráter experimental, desde o dia 22 de outubro, no Centro de Ensino Médio (CEM) 414 de Samambaia, cidade do Distrito Federal (DF), localizada a cerca de 40 quilômetros da área central de Brasília.
A diretora do CEM 414, Remísia Tavares, resolveu adotar o sistema, ao tomar conhecimento de sua utilização nas escolas de Vitória da Conquista, na Bahia.
Os alunos da rede municipal de Vitória da Conquista foram os primeiros do Brasil a usarem o fardamento digital, em março deste ano.
A medida visa aumentar a permanência dos alunos nas salas de aula.
"Os professores dos últimos horários reclamam que muitos alunos costumam sair antes do término das aulas. Por mais que a escola tente manter o controle, eles dão um jeito de sair da escola", afirma Remísia Tavares.
De acordo com a diretora, o monitoramento foi bem recebido pelos pais. Além de ficarem mais próximos da vida escolar de seus filhos, os pais se sentem mais tranquilos ao saberem exatamente a hora em que eles chegam e deixam a escola.
O representante da empresa que implantou os chips nos uniformes, Bruno Castro da Costa, explicou que o sistema funciona por meio de um sensor instalado na portaria principal do colégio, que lê as informações contidas no chip cadastrado.
O sistema não altera a rotina dos estudantes. Eles entram, normalmente, na escola, os dados são passados para o computador, e, 30 segundos depois, os pais são notificados. O mesmo ocorre no momento da saída.
“Também estão sendo registradas as entregas de boletins ou outros eventos, e a direção pode utilizar o programa para encaminhar o recado ao celular cadastrado", disse Costa.
Os estudantes Bárbara Coelho, 16 anos, e Jefferson Alves, 15 anos, não se incomodam com o monitoramento pelo chip. "Eu acho que é uma boa maneira de os nossos pais ficarem mais tranquilos e até confiar mais, sabendo que estamos na escola. Eu não me sinto inibida, pois sempre frequentei as aulas", disse Bárbara.
"Só quem tem costume de matar aula vai se incomodar, já que agora os pais vão ficar sabendo", comenta Jefferson.
Na fase piloto, somente 42 alunos do primeiro ano do ensino médio do CEM 414 estão utilizando o fardamento digital. No dia 13 de novembro, um relatório será enviado ao Conselho de Educação da escola e à Secretaria de Educação do Distrito Federal com os resultados da experiência. Caso o sistema seja aprovado, a fixação dos chips deverá ser ampliada para os 1,8 mil alunos da instituição no próximo ano.
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