FONTE: Ivan de Carvalho, TRIBUNA DA BAHIA.
Falando a investidores em Nova York, ontem, o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, disse que o sucessor do presidente Lula deve evitar manipular o câmbio para manter a inflação sob controle.
Meirelles falou aos investidores depois de uma pesquisa haver mostrado mais uma alta nas expectativas de inflação no Brasil. O presidente do Banco Central brasileiro disse que ninguém tem dúvida de que o Brasil é capaz (de quê?) e está comprometido em conter a alta dos preços. Ele acrescentou que “flutuações de curto prazo” nas expectativas do mercado são normais, mas manifestou sua suposição de que os investidores ainda acreditam que a inflação caia nos próximos anos.
Bem, deixemos um pouco Meirelles e seu investidores de Nova York e invoquemos o cearense de Pindamonhangaba, Ciro Gomes, que queria ser presidente da República, já deu como certo que seu partido, o PSB, lhe negará hoje a legenda e anunciou que vai espernear até a manhã de hoje, dia em que a direção do PSB se reúne para “decidir” a questão, isto é, para aderir publicamente à candidatura da petista Dilma Rousseff e negar a Ciro a legenda para que se candidate a presidente da República.
Pois é que numa rumorosa entrevista ao portal iG, na semana passada, Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, disse que em 2011 ou 2012 o Brasil vai sofrer “uma crise cambial e fiscal”, avisando que, na presidência da República, o tucano José Serra (de quem não gosta) é mais preparado para enfrentar isso do que a petista Dilma Rousseff, de quem Ciro gosta, ou pelo menos gostava.
Agora, juntando. Ciro anuncia para o ano que vem ou para 2012 uma crise cambial e fiscal, da qual evidentemente está percebendo os dados preliminares. E no rastro de suas declarações o severo presidente do Banco Central adverte que o próximo presidente da República deve evitar manipular o câmbio com o objetivo de manter a inflação sob controle.
Qual é a cesta de maldades anunciada ou vislumbrada nessa história toda? Crise cambial, crise fiscal, inflação tentando sair de controle e criando o risco de um presidente da República resolver manipular o câmbio para conter a alta dos preços.
Em tudo isso aí cabe mencionar uma coisa que nem Ciro nem Meirelles explicitaram, ainda que certamente estivessem pensando nela quando falavam das outras. A dívida pública. Não a dívida externa, da qual o governo gosta de falar e de dizer que tem divisas suficientes para pagá-la (déficits na balança comercial e no balanço de pagamentos podem corroer tais divisas).
A dívida pública chegou a um nível calamitoso. Ela consome hoje mais de três centenas de bilhões de reais em “serviço da dívida” e deixa menos de uma centena para investimentos. Daí que a infraestrutura do país e os serviços do Estado brasileiro (saúde, segurança, educação) estão uma porcaria. A dívida pública pode gerar uma crise fiscal e uma crise cambial, além de elevação de preços até uma perda do controle da inflação.
Acho que Meirelles e sobretudo Ciro, ambos na mesma linha embora com intensidades e maneiras diferentes, estiveram falando de uma possível futura “herança maldita” para o governo que sucederá o de Lula.
Falando a investidores em Nova York, ontem, o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, disse que o sucessor do presidente Lula deve evitar manipular o câmbio para manter a inflação sob controle.
Meirelles falou aos investidores depois de uma pesquisa haver mostrado mais uma alta nas expectativas de inflação no Brasil. O presidente do Banco Central brasileiro disse que ninguém tem dúvida de que o Brasil é capaz (de quê?) e está comprometido em conter a alta dos preços. Ele acrescentou que “flutuações de curto prazo” nas expectativas do mercado são normais, mas manifestou sua suposição de que os investidores ainda acreditam que a inflação caia nos próximos anos.
Bem, deixemos um pouco Meirelles e seu investidores de Nova York e invoquemos o cearense de Pindamonhangaba, Ciro Gomes, que queria ser presidente da República, já deu como certo que seu partido, o PSB, lhe negará hoje a legenda e anunciou que vai espernear até a manhã de hoje, dia em que a direção do PSB se reúne para “decidir” a questão, isto é, para aderir publicamente à candidatura da petista Dilma Rousseff e negar a Ciro a legenda para que se candidate a presidente da República.
Pois é que numa rumorosa entrevista ao portal iG, na semana passada, Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, disse que em 2011 ou 2012 o Brasil vai sofrer “uma crise cambial e fiscal”, avisando que, na presidência da República, o tucano José Serra (de quem não gosta) é mais preparado para enfrentar isso do que a petista Dilma Rousseff, de quem Ciro gosta, ou pelo menos gostava.
Agora, juntando. Ciro anuncia para o ano que vem ou para 2012 uma crise cambial e fiscal, da qual evidentemente está percebendo os dados preliminares. E no rastro de suas declarações o severo presidente do Banco Central adverte que o próximo presidente da República deve evitar manipular o câmbio com o objetivo de manter a inflação sob controle.
Qual é a cesta de maldades anunciada ou vislumbrada nessa história toda? Crise cambial, crise fiscal, inflação tentando sair de controle e criando o risco de um presidente da República resolver manipular o câmbio para conter a alta dos preços.
Em tudo isso aí cabe mencionar uma coisa que nem Ciro nem Meirelles explicitaram, ainda que certamente estivessem pensando nela quando falavam das outras. A dívida pública. Não a dívida externa, da qual o governo gosta de falar e de dizer que tem divisas suficientes para pagá-la (déficits na balança comercial e no balanço de pagamentos podem corroer tais divisas).
A dívida pública chegou a um nível calamitoso. Ela consome hoje mais de três centenas de bilhões de reais em “serviço da dívida” e deixa menos de uma centena para investimentos. Daí que a infraestrutura do país e os serviços do Estado brasileiro (saúde, segurança, educação) estão uma porcaria. A dívida pública pode gerar uma crise fiscal e uma crise cambial, além de elevação de preços até uma perda do controle da inflação.
Acho que Meirelles e sobretudo Ciro, ambos na mesma linha embora com intensidades e maneiras diferentes, estiveram falando de uma possível futura “herança maldita” para o governo que sucederá o de Lula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário