quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

JUNTAR BUGINGANGA DEMAIS PODE SER SINTOMA DE TOC OU DEPRESSÃO (PARTE DOIS)...


SEM LUXO.
No fim de 2008, o empresário e escritor americano Dave Bruno, 39 anos, decidiu que ia tentar viver com apenas cem objetos pessoais durante o ano seguinte.
Foi o que ele chamou de "100 Thing Challenge" (o desafio das 100 coisas).
O desafio foi vencido sem dificuldades, diz ele. Tanto é que, mesmo depois de terminá-lo, continua vivendo com pouco. Na última contagem, em agosto de 2010, tinha 94 pertences, incluindo as peças de roupa e descontando meias e cuecas.
"Eu não acho que há alguma coisa sem a qual eu não poderia viver. Só não me livraria da minha aliança", disse ele à Folha.
A escritora Letícia Braga, 39 anos, decidiu viver com pouco depois de perder o marido e se ver em uma casa cheia de coisas que não usava.
Mudou para um apartamento bem menor e deixou para trás móveis, revistas, eletrodomésticos e roupas.
A experiência rendeu um livro: "O Prazer de Ficar em Casa" (Casa da Palavra, 80 págs., R$ 14,90).
"Tenho um fogão de quatro bocas e quatro panelas. Tenho só uma gaveta de utensílios, e olha que gosto de cozinhar", diz.
ENTÃO LIBERA.
Não é preciso ser tão minimalista, mas para a filosofia chinesa do Feng Shui, já passou da hora de dar destino às coisas inúteis que você insiste em dizer que não são lixo.
"Objetos sem utilidade ocupam espaço físico e mental e dificultam a organização das ideias", diz Maria Elena Passanesi, especialista em cosmologia chinesa.
Para a organizadora Ingrid Lisboa, bagunça é sinal de que algo está sobrando. "O descarte é o primeiro passo da organização", afirma.
Segundo ela, todo mundo sempre tem algo no fundo do armário que não usa. Mesmo as pessoas mais organizadas e menos consumistas.
"Roupa velha é o que mais guardam. A peça não serve, está fora de moda, e a pessoa pensa que vai voltar a usar um dia. Só se for a uma festa do ridículo."
DESCARTE.
SEM PENSAR.
Tudo o que estiver quebrado ou velho demais. Vale para louças amareladas, panelas e potes de plástico sem tampa (ou tampas sem potes de plástico) e roupas velhas
PASSADO.
Com alimentos e cosméticos é simples: passou a data de validade, lixo. Mas travesseiros, plásticos e escovas de dentes também vencem. Potes plásticos costumam ter validade de dois anos
NÃO COMPENSA.
O conserto pode sair mais caro do que comprar um novo. É o caso de casacos de pele, peças de couro ou de verniz. A maioria dos eletrodomésticos também é descartável, como aparelhos de DVD e liquidificadores
PARADOS.
Se você comprou faz um tempo e nunca usou, provavelmente nunca vai usar. Se você já usou, há uma tolerância. Alguns dizem que, para roupas, o prazo é dois anos. Para utensílios de cozinha, um ano
VÁRIOS DO MESMO.
Três xampus pela metade, esmaltes da mesma cor e cremes iguais. Separe dois ou três e se livre do resto. Revistas e jornais com matérias não lidas podem ser recortados e guardados. Por que não imprimir receitas em vez de guardar pilhas de revistas que têm só uma receita boa?
PURGATÓRIO.
Quando não tiver certeza se vai usar ou não um objeto, separe e deixe em um local visível por um tempo, como se estivesse de castigo. Coloque um limite de tempo (um mês, por exemplo). Se não usar durante esse tempo, é melhor doar
LIBERADOS.
As exceções para as regras de uso são os sobretudos, casacos clássicos, agasalhos usados em viagens internacionais ou roupas esportivas (mergulho ou esqui) usadas em viagens. Livros de estimação e utensílios de cozinha temáticos e sazonais como formas de biscoito de Natal também são perdoados.

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