LINHA FIXA DA OI CONTINUA COM PROBLEMAS...

FONTE: Karina Baracho, TRIBUNA DA BAHIA.

Sem sinal. É assim que estão se sentindo muitos clientes da telefonia Oi depois do incêndio ocorrido no dia 21 de dezembro último na central telefônica da operadora, localizada no Itaigara. Mesmo depois que a operadora informou que o serviço de internet banda larga tinha sido restabelecido, vários clientes da linha fixa amargam com a falta de contato. De acordo com a empresa, o prazo para que todos os reparos sejam realizados é o próximo dia 20.

A dona de casa Maria Isabel Souza, 53 anos, disse estar revoltada com a situação da operadora. “Estou tendo um prejuízo imenso, pois desde o incêndio o meu telefone fixo faz ligações apenas para os prefixos 3321 ou 3322. Interurbano nem pensar. Até tentei pegar o móvel que eles (Oi) distribuíram, mas a confusão estava muito grande. Além de termos sido prejudicados, ainda temos que enfrentar fila e confusão para fazer valer o nosso direito. Isso é um contrassenso”, desabafou.

Souza destacou também a falta de satisfação da empresa com os clientes. “É um absurdo, mas eles parecem que não estão nem aí com os usuários. Sou cliente Oi conta total. A minha internet já voltou, mas o telefone fixo nem sinal. Quando tento ligar para outro prefixo não consigo. Não sei até quando isso vai durar, pois entramos em contato com o 0800 e quem atende é uma secretária eletrônica, ou seja, não adianta, continuamos sem esclarecimentos”, acrescentou ela.

A família da contadora Fátima Melo, 51 anos, está vivendo uma situação parecida. “Na época do incêndio, ficamos sem telefone fixo, móvel e internet. Entramos em contato com a Oi e eles disseram que a internet iria retornar em breve, o que realmente aconteceu, mas o telefone fixo continua sem sinal até hoje (ontem)”, explicou Fátima.

A assessoria de comunicação da Oi informou que o prazo para que todas as linhas móveis sejam restabelecidas é até o próximo dia 20. “Mas como estamos trabalhando 24 horas por dia, tudo indica que essa data seja antecipada”, informou a assessoria de comunicação da empresa. Em relação aos aparelhos fixos sem funcionar, a assessoria acrescentou que os clientes que não pegaram os aparelhos móveis devem entrar em contato com os números 103 31 ou 0800 56 56 58.

“Fomos até o Hotel Fiesta na época, mas disseram que o nosso bairro (Garcia) não poderia receber o aparelho, porque voltaria logo a funcionar. Resultado, estamos há 18 dias sem telefone fixo. Disseram que as linhas voltariam a funcionar em 20 de janeiro, mas até lá estamos tendo prejuízos, pois todas as ligações estão sendo realizadas por celular, inclusive chamadas interurbanas”, retrucou Melo.

Segundo a assessoria da Oi, todas as situações estão sendo analisadas pela empresa, mas nem todos os problemas são por causa do incêndio. Portanto a Oi informou que o processo de normalização vem acontecendo de forma gradual com a migração das linhas antigas atingidas pelo incêndio para a nova central telefônica. Na ocasião, 22 mil clientes ficaram sem telefonia fixa, destes, 17 mil já receberam os aparelhos móveis, que são condicionados ao plano que o usuário já possuía.

RETROSPECTIVA.
A central telefônica da Oi incendiou na manhã do dia 21 de dezembro último. “Desculpe-nos, sistema fora do ar sem previsão de retorno. Demais solicitações pelo 103 31 ou dirija-se a outras lojas Oi atende: Campo da Pólvora ou Comércio”, foi o aviso no portão da loja, naquela data, para satisfação dos clientes afetados.

Segundo informações de funcionários, o fogo teria começado no terceiro andar do prédio.Pelo menos seis carros do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e seis caminhões-pipa, além de duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outras duas do Salvar estavam no local para dar suporte ao controle das chamas e possíveis vítimas. Durante a tarde daquele dia, três integrantes do CBM passaram mal por conta da fumaça tóxica e foram levados para o Hospital Geral do Estado (HGE), outros três também passaram mal, mas foram atendidos no local.

Naquele dia, diversos bancos ficaram fora do ar e milhares de transações bancárias, assim, como cartões de crédito e débito, ficaram sem funcionar, o que causou prejuízo aos comerciantes poucos dias antes do Natal. Serviços como 190, assim como o 0800 da Coleba, também foram afetados.