sexta-feira, 22 de julho de 2011

BRINCANDO DE RÁDIO (PARTE SEIS)...


Jequié levou quase 40 anos com apenas uma única emissora de rádio, com advento das FMs (Freqüência Modulada) a cidade ganhou logo duas primeira uma depois a outra e estas passaram a lutar pela fatia maior do bolo chamado comercial, e a AM que já estava caindo pelas tabelas com a chegada das FMs a situação piorou, pois ela foi vendida a um cidadão que tinha aspiração política de ser o governador do Estado e aqui ele mandou seus empregados para tomarem conta da mesma e não levou mais que dois anos como proprietário, pois além de não conseguir sair candidato a governador do Estado seu filho que era candidato a deputado estadual não foi eleito, insatisfeito o cidadão vendeu a Rádio para um empresário do ramo aqui da cidade e este praticamente deixou a rádio fechar pois ele não tinha interesse nenhum em investir em uma empresa que segundo ele era uma massa falida, pegou então funcionários de sua confiança e foi entregando a direção da mesma, um mês era um outro mês era outro e a credibilidade da única AM da cidade foi caindo de conceito e os anos de luta de um dos antigos diretores e funcionários que com muito zelo sempre trataram a Baiana por ser ela não só uma rádio, mas muito mais que isto, foi uma escola e uma casa para muitos que por ali passaram.


Com estas mudanças a emissora quase fecha as portas, mas uma igreja que tinha em seu comando um bispo que gostava de rádio adquiriu a mesma e fez a mudança de local, pois por muitos anos a rádio funcionou no centro da cidade, ela foi então para um bairro da cidade ficando um pouco mais distante, mas, no entanto aos poucos foi conquistando sua credibilidade, só que o tempo que ela passou no descrédito fez com que os funcionários dedicados se colocassem ao lado da direção e trabalhassem até mesmo sem receber salários por alguns anos.


Alguns funcionários não acreditavam que um dia a rádio pudesse retomar seu destino e voltar a fazer sucesso, é tanto que alguns entravam e saiam justamente por causa desta descrença, mas um pequeno grupo encarou o desafio e ficou até que um belo dia uma pessoa do mundo do rádio e não político, vindo de outra cidade adquirisse a mesma e fosse aos poucos mudando sua cara e filosofia de trabalho, ele teve tanta coragem e acreditou no potencial da cidade que construiu uma nova sede e junto com ela transformou a velha e querida Rádio Baiana de Jequié, na atual Rádio Povo, que aos poucos vai retomando seu lugar que nunca deveria ter perdido.


Com tudo isto as duas FMs consideradas por muitos como as poderosas da cidade aos poucos iam sendo minadas e brigas acontecendo quase sempre, uma hora pela audiência outra hora por política e entendimento que é bom só mesmo nas caladas das noites entre seus proprietários, pois os funcionários não gostam uns dos outros e ficam a duelar mandando recados no ar no que se transforma numa coisa ridícula para os que se dizem profissionais da área.

Desde a primeira matéria que venho intitulando de “BRINCAR DE RÁDIO” que acontecem nos bastidores e ninguém sabe a não ser quem está envolvido no meio radiofônico, como já frisei antes estou preferindo não citar nomes, mas quem quiser pegar a CARA PUÇA que pegue e faça bom proveito, ao longo dos anos de profissão vi e ouvi muitas coisas e sempre cuidei da minha vida, pois a dos outros nunca me interessou e espero que nunca me interesse, pois sempre pautei meu trabalho como uma meta a ser cumprida e acho que durante o período que estive em atividade sei muito bem que desagradei muita gente por causa de minha maneira séria, honesta e direta de trabalhar, mas também sei que agradei a muita gente, mas nunca estive preocupado com isto, minha maior preocupação era de sempre manter bem informado a todo e qualquer tipo de público que acompanhava meu trabalho, nunca me achei estrela e nem melhor que ninguém sempre fui e vou continuar sendo uma pessoa simples e sem frescuras tratando a todos da mesma maneira e principalmente respeitando aqueles que sempre tiveram por mim carinho e apreço. Falhas sei que cometi e não foram poucas, mas os acertos com certeza foram bem mais.


Voltando ao assunto das rádios os próprios funcionários hoje fazem a pesquisa de audiência e ficam eles a divulgarem estas pesquisas que só tem resultados positivos para eles e só agradam aos seus “chefes”. Infelizmente esta tem sido a realidade do rádio em Jequié.


Na próxima matéria estarei aqui relatando algumas gafes cometidas ao longo dos anos em rádios da cidade. Cito já uma, por exemplo, que aconteceu comigo, em uma micareta, fui avisado que o Bruno (filho do Zico), aquele do “Só no Sapatinho” estava na cidade e me desloquei para o local onde ele estava e fiz uma entrevista ao vivo de quase vinte minutos, e por volta das duas da madrugada um universitário amigo me procurou e me contou à gafe que eu tinha cometido.


Mas esta eu conto na próxima matéria. AGUARDEM!!!!

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