segunda-feira, 4 de julho de 2011

FASE DO XIXI NA CAMA TEM IDADE CERTA PARA ACABAR (PARTE UM)...


FONTE: Por Natalia do Vale (msn.minhavida.com.br).

Se o problema persiste após os sete anos, é preciso identificar as causas.
Ops! A criança fez xixi na cama de novo. Para quem tem filhos pequenos, trocar os lençóis molhados, colocar o colchão no sol e ficar atento aos passos do pequeno são atitudes que fazem parte da rotina durante o período de adaptação entre o adeus as fraudas e o uso do banheiro.


O problema é que muitas crianças quando já estão grandinhas sofrem com a enurese noturna, mais popularmente conhecida como "xixi na cama". Às vezes, o problema é tão marcante, que a criança chega aos 10 ou 11 anos com o problema. "A criança não sabe dizer o que sente, por isso, seu corpo fala por ela. No caso das crianças que permanecem com o problema após os cinco anos, é preciso investigar se as causas são emocionais ou físicas", explica a psicóloga Marina Vasconcellos.

A vasopressina, também conhecida como argipressina ou hormônio antidiurético é responsável pelo controle da vontade de urinar. Em algumas crianças, os níveis deste hormônio, que deveriam aumentar, diminuem, e ela não consegue segurar o xixi. "Isso também pode estar associado a outros problemas físicos e emocionais, por isso, é importante averiguar as verdadeiras causas do problema", explica o pediatra do Hospital Albert Einstein, Jorge Huberman.


A dona de casa Maria José, 42 anos, lembra bem dos tempos em que sua filha, Clara, hoje com 26 anos, fazia xixi na cama, acordava, virava o colchão e voltava a dormir. "Ela já tinha uns 10 anos e continuava com o problema. Um dia procuramos ajuda psicológica e descobrimos que ela tinha medo da coleguinha que faleceu e, por isso, não conseguia parar", diz Maria.

XIXI NA CAMA TEM IDADE CERTA.
É normal que a criança faça xixi na cama até os cinco anos de idade, afinal, ela ainda não tem a capacidade de controlar a urina durante à noite. Porém, quando a situação continua a acontecer após esta idade, a melhor coisa a fazer é identificar as causas do problema. "Podem ser diversos fatores.


Primeiro, é preciso investigar se há alguma causa física, como incontinência urinária, problemas na bexiga ou outros, e então, partir para as possíveis motivações psicológicas", continua Marina.


De acordo com o pediatra Jorge Huberman, a idade do "xixi na cama" pode variar entre 5 e7 anos, dependendo da frequência com que a criança urina na cama. "Às vezes, a criança tem entre 6 e 7 anos e um dia ou outro solta um pouco de urina no colchão. Isso não significa que ela tenha o problema, ela apenas passou por um processo que é natural em qualquer ser humano", continua o pediatra.

Pode ser sinal de que alguma coisa no organismo vai mal.

Segundo o pediatra Jorge Huberman, deve-se levar em consideração os seguintes fatores:


- HEREDITARIEDADE: o fator hereditário é um dado importante, pois crianças com um dos pais enuréticos (que tiveram esse problema na infância) têm 40% de chance de serem enuréticas. "Se ambos forem enuréticos, as chances aumentam para 77%. A torneirinha aberta de noite também está relacionada a fatores emocionais ligados ao estresse, tais como mudança de lar, separação dos pais, nascimento de irmão, entre outros", explica o pediatra.


- PERDA INVOLUNTÁRIA DE URINA DURANTE O DIA. "Os pais devem ficar atentos e perceber se o filho solta a urina involuntariamente e se sente dor ou se há sangramento na hora de urinar durante o dia. Isso pode ser um indicativo de que a criança tem ou terá enurese noturna ou alguma disfunção no organismo que desencadeia o xixi na cama", explica Jorge. "A criança não faz isso por maldade ou birra. É um problema que pode estar associado a um quadro clínico mais grave, como uma infecção urinária", continua o pediatra.


- DISFUNÇÕES NA BEXIGA. "Quando a bexiga não suporta a quantidade de líquido ingerida, a tendência é fazer xixi fora de hora?, explica o médico. ?Um dos tratamentos sugeridos para enurese noturna é exatamente o uso de um hormônio chamado oxibutinina, que relaxa a bexiga aumentando seu tamanho", continua.


- PROBLEMAS NEUROLÓGICOS. "Nestes casos mais sérios, só uma visita ao médico poderá dimensionar o problema", alerta.

CONTINUA...

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