FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
Embora especialistas alertem a população para a importância da prevenção de doenças, as pessoas só fazem isto quando movidas por campanhas e às vezes nem isto funciona. É o caso de exames de mamografia (radiografia das mamas para detectar câncer em mulheres a partir dos 40 anos), densiometria e ultrassom e vacinas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador em maio, por exemplo, foram ofertados 13.525 exames de mamografia bilateral, mas só foram agendadas 7.218 consultas. Já a mamografia unilateral foram ofertados 1.317 exames, com 164 agendamentos.
No mesmo mês também havia a disponibilidade de 1.398 exames de densitometria, e só foram feitos 554. E ultrassom, com uma oferta de 29.217 agendados somente 18.838 pessoas fizeram.
As vacinas também estão incluídas nesta evasão, pois recentemente, a meta da campanha contra gripe, a menor cobertura foi verificada entre as gestantes. Apenas 50,1% compareceram aos postos de saúde para receber a dose da vacina que protege contra a influenza, uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios.
Já cerca de 307 mil pessoas foram vacinadas durante a campanha realizada entre os dias 25 de abril e 10 de junho de 2011. Com isso, o município atingiu a meta de imunizar 80% do público alvo.
O mesmo aconteceu com a vacina contra meningite C que não atingiu, no ano passado, a meta satisfatória de jovens na idade estipulada. Segundo a SMS, as mortes que ocorreram neste ano poderiam ter sido evitadas se as vítimas tivessem sido vacinadas nas campanhas realizadas pelo município em parceria com o governo do estado.
FEIRA DE SANATANA – Em Feira de Santana, a segunda cidade mis populosa do estado, também há a disponibilidade de uma cota mensal de 4,5 mil mamografias , mas somente três mil mulheres procuraram no mês passado .
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde da cidade são cinco locais que realizam o exame em convênio com o SUS: o Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (Ceparh), Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem (CMDI), o Instituto de Mastologia (IMA), o Hospital D. Pedro de Alcântara (HDPA) e o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
A diretora de Gestão da Rede Própria , de Feira de Santana, Gilbert Lucas, afirmou, por telefone, “ a questão é que não há procura da população e estamos providenciando ações como campanhas para motivar estas mulheres a realizar o exame, inclusive com um mapeamento desta faixa etária”.
Indagada sobre a possibilidade do número de mulheres ser inferior a esta cota, a diretora disse que a “demanda dá pra suprir a nossa cota”, mas entende que é preciso muita campanha em cima disto porque “a maioria da população só faz quando é um mutirão, o mesmo ocorre com as vacinas’, concluiu.
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