segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DA ANSIEDADE PATOLÓGICA À SÍNDROME DO PÂNICO...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.


pânico vivido pelo cantor Marrone, da dupla Bruno e Marrone, na quinta-feira, a ponto de não querer viajar de avião, para muitos pode ser encarado como síndrome de pânico, resultante de recente acidente de helicóptero sofrido pelo cantor e acompanhantes, sem vítimas fatais, em maio deste ano.

No entanto, para o psiquiatra Luiz Fernando Pedroso, diretor da Clínica Espaço Holos, nem sempre a síndrome de pânico pode estar associada a um fator desencadeante traumático e define o processo como medo exacerbado produzido por uma ansiedade patológica”.

O especialista tranquiliza que a ansiedade é natural. Mas esta ansiedade a que se refere é um sinal de alarme, que começa a disparar sozinho. “A pessoa começa do nada a ter esta ansiedade. Não tem motivos, às vezes são criados pela própria pessoa. Há indivíduos que têm propensão para ter sem nenhum fator desencadeante”, explica.

O médico reforça mais ainda seu argumento quando diz que “mesmo com um fator desencadeante, se a pessoa não tem propensão para isto, ela segue a vida normal”. Por isto, quando o indivíduo apresenta qualquer sinal indicativo deve ser tratado de imediato para não deixar sequela, aconselhou.

Se neste primeiro sinal a pessoa não procurar tratamento, segundo o psiquiatra, vão ocorrendo outros fatos até que se cria uma espécie de cicatriz psicológica que desenvolve uma profusão de medos.


“Trato pacientes que possuem medos de pequenos animais, de elevador, altura, de viajar tanto de carro, ônibus como de avião. Outros chegam ao ponto de não sair mais de casa por causa destes medos, o que considero o caso mais grave”, alertou.

Várias doenças podem gerar muitos medos, como a hipocondria (doença psiquiátrica que leva a pessoa acreditar que tem doenças), a depressão, de acordo com o médico. Mas só que estes medos não podem ser encarados como pânico porque são apresentados durante o período em que o indivíduo está apresentando a doença.

Pedroso é enfático ao afirmar que na síndrome do pânico enquanto não se tratar, estes medos vão se ampliando, vão se desenvolvendo mais e mais. Começa com um e acaba adquirindo todos os medos até o limite que é não querer mais sair de casa.

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