FONTE: Victor Albuquerque (victor.silva@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
Ontem, representantes de 20 entidades divulgaram pesquisa apontando os benefícios da medida para a economia e para rotina dos baianos.
Participantes do Fórum Empresarial da Bahia estão unindo esforços para sensibilizar o governador Jaques Wagner a adotar o horário de Verão.
Ontem, representantes de 20 entidades divulgaram pesquisa apontando os benefícios da medida para a economia e para rotina dos baianos.
O documento será entregue a Wagner amanhã, quando será pedida audiência para discutir o assunto. A pesquisa foi feita com 800 pessoas de Salvador e Região Metropolitana.
Os dados mostram que 49% dos entrevistados acreditam que o horário de Verão pouco influenciaria na rotina.
Além disso, 68% das pessoas associaram o maior tempo de claridade à possibilidade de lazer. Outros 57% avaliaram positivamente o alinhamento dos horários bancários e atividades de turismo com as outras regiões.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Antoine Tawil, a população deseja a volta do horário de Verão. “Todos nós queremos essa hora a mais. É um desejo nosso (dos empresários) e da população. Sem o horário o prejuízo é muito grande”, observou ele.
Os empresários alegam que o horário de Verão, que começará 16 de outubro em dez estados e no Distrito Federal, impactará no sistema bancário, na programação de rádio e TV, no fechamento do câmbio e Bolsa de Valores, entre outros.
PREJUÍZOS.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Reinaldo Sampaio, justifica que, sem a adesão ao horário de Verão, o setor acaba acumulando prejuízos. “Se temos uma hora a menos, deixamos de tratar de negócios ou fazer pagamentos, que podem acarretar em danos depois”.
De acordo com ele, a indústria tem mais relação com o mercado do Sul e Sudeste e que, por isso, a adaptação do horário é essencial. “O sistema financeiro que atende à economia baiana tem bases lá. Ficar de fora do horário gera transtornos à atividade econômica do estado”.
O setor turístico também é a favor ao adiantamento de uma hora no ponteiro dos relógios. Tanto que, em junho desse ano, o Conselho Baiano de Turismo (Cbtur) já havia enviado uma carta ao governador pedindo que o estado considerasse a adoção do novo horário.
“Para o turismo é extremamente importante. Evita transtornos com horários de voos e as pessoas têm mais chance de aproveitar o lazer, consumindo mais”, diz o presidente da comissão, Silvio Pessoa. “Pedimos ao governador, através de uma carta, que acatasse o horário, mas não tivemos retorno”.
TORCIDA.
Presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), Nilson Sarti, espera uma resposta positiva do governo. “Estou torcendo para isso”, frisou. Já o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav-BA), Pedro Galvão, destaca que o governador é quem tem autoridade para mostrar como a Bahia pode ser beneficiada com a adoção do horário.
“Por isso, faremos uma reivindicação para que ele atenda ao pleito”. A Bahia deixou de adotar o horário de Verão desde 2003. Através da assessoria de imprensa, o governo do estado disse que não descarta a possibilidade de adotar o horário especial. Mas, para isso, terá que analisar o pleito do empresariado e a vontade da população.
SINDILOJAS DIZ QUE HORÁRIO DESAGRADARIA TRABALHADORES.
Com cerca de 255 mil comerciários na Bahia, sendo 105 mil na capital, o Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador (Sindilojas) vê com preocupação a volta do horário de Verão por causa dos trabalhadores. Segundo o presidente do sindicato, Paulo Motta, nas reuniões em que o Sindilojas tratou com os funcionários sobre esta possível volta, os comerciários se mostraram contra.
O primeiro ponto é a insegurança de sair de casa ainda sem a luz do sol. O segundo, de acordo com ele, seria o fato de o horário de Verão alongar a carga de trabalho deles. “Mas, entendo que é positivo para toda a Bahia, principalmente por causa das transações bancárias, mas nos preocupamos com a resistência dos trabalhadores”.
Já o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Antoine Tawil, disse que os comerciários são a favor, já que alongar a atividade do comércio repercute em mais lucro para o próprio vendedor, uma vez que vendendo mais ele ganha mais comissão. “Eles ficariam completamente satisfeitos”, defendeu Tawil.
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