FONTE: GIULIANA MIRANDA, DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
As chamadas células endoteliais circulantes ficam literalmente deformadas nesses pacientes.
Além de apresentarem distorções na aparência e nos núcleos, elas também ficam mais abundantes em alguém prestes a sofrer uma parada cardíaca.
O resultado do estudo, feito com 50 pacientes vítimas de ataques cardíacos e publicado na revista "Science Translational Medicine", é particularmente importante devido ao caráter silencioso desses episódios.
Em cerca de 50% dos casos de infarto, os pacientes não apresentavam nenhum dos fatores de risco consagrados, como diabetes, colesterol alto ou mesmo tabagismo.
Também não faltam relatos de pacientes que se submeteram a uma bateria de exames, obtiveram resultados considerados normais e, dias depois, sofreram um infarto. Não raro, fulminante.
Já se sabia da relação de alterações nas células endoteliais circulantes com os problemas cardíacos. Mas, como até agora não existia uma metodologia confiável para identificar exatamente em que nível essas mudanças aconteciam, a maioria dos exames de rotina não inclui esse tipo de checagem.
"A habilidade de diagnosticar um ataque cardíaco iminente há muito tempo vem sendo considerado o Santo Graal da medicina cardiovascular", disse em nota Eric Topol, principal autor do trabalho e diretor do STSI (Instituto de Pesquisa Scripps), da Califórnia.
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