FONTE: Giulia Granchi, Do VivaBem, em São Paulo, https://www.uol.com.br/
Diagnosticar
um problema de saúde precocemente possibilita tratamentos com melhor chance de
eficácia, impedindo que o paciente desenvolva problemas mais graves.
Pensando
nisso, cientistas desenvolveram um microchip capaz avaliar, por uma
única gota de sangue, os níveis de hormônio do estresse (cortisol) no corpo— substância que, em excesso, aumenta
o risco de doenças cardiovasculares, gastrite, problemas de pele e
outros.
Desenvolvido
com processo similar ao usado para criar chips de computador, o teste é mais
barato e simples do que os exames de laboratório usados para a mesma finalidade.
A
ideia dos pesquisadores é que a tecnologia possa ser usada tanto no hospital
quanto em casa. De acordo com eles, o dispositivo poderia ser usado para
monitorar a eficácia dos tratamentos — se um medicamento estava controlando ou
não os níveis hormonais, por exemplo.
Conforme
explica Gabriela Iervolino, endocrinologista e metabologista e médica no
Hospital São Luiz, em São Caetano do Sul, o teste também pode ser útil como
diagnóstico de doenças relacionadas ao cortisol ou para pacientes com deficiência
de cortisol, em processo de reposição.
"Mas
é necessário cuidado para não ser usado de forma indiscriminada, pois várias
situações do dia a dia fazem aumentar o cortisol de forma natural. Medir sem a
indicação pode gerar interpretações erradas e pode causar ansiedade", explica.
Para
testar se funcionava bem, o microchip passou por vários testes antes de ser
usado para analisar amostras de sangue de 65 pessoas com artrite reumatoide. As taxas de
detecção de cortisol foram quase tão confiáveis quanto o padrão ouro atual, um
teste de ensaio imunoenzimático, conhecido como ELISA.
Os
resultados foram descritos em um estudo publicado no periódico Science Advances.
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