FONTE: *** Redação, https://www.msn.com/
A esteatose hepática é uma doença mais comum do
que se imagina. Conhecida popularmente como “gordura no fígado”, ela ocorre
quando o órgão é preenchido por gordura de forma excessiva. A estimativa é que
30% da população apresente o problema.
Segundo
o Dr. Paulo Lessa, especialista em manutenção da homeostase, “é um distúrbio
que vem se tornando cada vez mais conhecido, que se caracteriza pelo acúmulo de
gordura no interior dos hepatócitos, as células do fígado”, explica.
Essa
maior incidência se deve ao fato dos médicos solicitarem ultrassonografias de abdômen e detectarem
a condição. Outra razão que explica sua frequência é o aumento dos casos de
obesidade, especialmente no Brasil.
“Por
mais que a maioria das pessoas associe a doença ao abuso no consumo de álcool,
ela também aparece por conta do excesso de
peso, assim como o uso de certos medicamentos e
doenças como as hepatites virais”, aponta.
Ter
gordura no fígado é absolutamente comum, mas, se a quantidade passa
dos 5%, é o momento para se preocupar, pois o órgão torna-se volumoso e
pesado. “O fígado é uma glândula que possui diversas funções,
como desintoxicar o organismo, sintetizar proteínas e armazenar glicose, o
açúcar do sangue.
O
órgão ainda produz a bile, um composto que ajuda no processo de eliminação de
toxinas e na digestão dos lipídios. Assim, a presença de um pouco de gordura
no fígado é normal. Mas a situação começa a se complicar quando esse
acúmulo está acima do esperado”, ressalta.
Quando
a esteatose está em níveis mais leves, são raros os sintomas. No entanto, os
intermediários e avançados já dão sinais do seu aparecimento.“Entre eles, estão
cansaço, fraqueza, perda de apetite, inchaço, dor de barriga e dor de cabeça
constantes, hemorragia, fezes sem cor, pele e olhos amarelados, alterações no
sono e confusão mental”, lista Lessa.
Se
não for tratada corretamente, a doença é capaz de evoluir para hepatite
gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado, que gera insuficiência
no órgão.
“Nesses
casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como também adquire um
aspecto amarelado, sendo que, normalmente, sua coloração é marrom-avermelhada.
Em algumas situações, torna-se necessário fazer um transplante”, alerta o
doutor.
“O
paciente pode apresentar alterações em exames de sangue, já que a esteatose é a
causa mais comum de elevação das enzimas do fígado em exames de
rotina. Além disso, o aumento do fígado pode ser detectado no exame
físico ou ainda por métodos de imagem, como a ultrassonografia, tomografia ou
ressonância magnética.
Há
casos em que a confirmação do diagnóstico depende de biópsia. Entre todos,
porém, o exame mais importante é a elastografia transitória, que mede a
elasticidade do tecido hepático e a quantidade de gordura acumulada
no fígado”, descreve.
Já o
tratamento para o transtorno é composto por três pilares: estilo de vida
saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios
físicos.
“É
fundamental eliminar do cardápio todo consumo de açúcar, farinha branca e
gordura ruins e coma vegetais, grãos, castanhas e carnes magras. Também não se
esqueça de praticar atividade física. Essa é a melhor forma de ficar livre da
doença e garantir a sua saúde”, recomenda.
Para
manter a saúde em dia, é
fundamental fazer consultas regulares ao seu médico de confiança,
principalmente após os 40 anos. “Procure um profissional que entenda do assunto
e que tenha uma equipe multidisciplinar para te ajudar da melhor forma
possível”, finaliza Lessa.
*** Consultoria: Dr. Paulo Lessa, Médico, Pós graduado em Nutrologia /Adequação Nutricional, Manutenção da Homeostase, Prevenção e Tratamento de Doenças relacionadas à Idade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário