FONTE: *** , Arthur Guerra, https://www.msn.com/
Não resta dúvida de que a vida nos jogou um
balde de limões no colo: a pandemia. Apreensão, medo,
perda de amigos, de familiares, de amores, de renda, de emprego, sonhos
adiados, enfim, muito se tem falado sobre os aspectos negativos da
crise sanitária que insiste em se arrastar mais de um ano depois de ela ter
chegado ao Brasil.
É
possível fazer uma limonada a partir dessa realidade
triste e difícil em que vivemos? Na minha opinião, sim. A ideia de abraçar uma
situação ruim e extrair dela algo bom inicialmente pode parecer masoquismo, mas
não é. É a oportunidade que temos de perceber que os
percalços fazem parte do nosso dia a dia e que podemos aprender com
eles. A única exceção é quando a saúde está em jogo. Quando uma pessoa querida
está doente, internada, mal – com Covid-19 ou outra doença -, é inevitável nos
recolhermos, nos entristecermos e até nos desesperarmos.
A
ideia de usar os limões para fazer uma limonada não significa estar contente
com as situações ruins que se apresentam, nem ter prazer a partir delas,
mas aprender a lidar com elas, aprender a extrair
algo positivo a partir delas e, principalmente,
aprender a se fortalecer para que elas não nos
derrubem.
Mesmo
com tanta coisa negativa nos cercando, é possível separar, em cada dia, o que
de melhor nos aconteceu, mantendo o foco nisso. É
possível, mesmo com a pandemia, saborear novos aprendizados, mergulhar em
experiências interessantes, começar a praticar algo antes impensável, como uma
atividade física. Há muitos cursos online disponíveis que permitem aprender
algo novo ou nos reciclarmos, há muitas plataformas que permitem o encontro com outras pessoas – amoroso ou não -,
inclusive de outras partes do mundo. Há o aprendizado de novas habilidades, há
grupos de leitura de livros, de trocas de livros, de doação de livros. Há muita
coisa a descobrir, a aprender, a viver, ainda que de dentro de casa. Basta você
querer.
*** Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da
Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
*** Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de
seus editores.
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