quarta-feira, 30 de junho de 2021

CÂNCER DE PRÓSTATA: ENTENDA COMO FUNCIONA A NOVA TERAPIA CAPAZ DE REDUZIR RISCO DE MORTE EM 40%...

FONTE:, https://extra.globo.com/ 


A descoberta de uma nova terapia experimental reduziu em quase 40% as mortes de homens com câncer de próstata agressivo, em comparação a pacientes semelhantes que receberam apenas o tratamento padrão. O estudo, publicado no The New England Journal of Medicine, dá esperança aos pacientes com doença avançada, e abre portas para uma forma promissora de combate ao câncer.

A pesquisa foi pensada para retardar os impactos da doença para pessoas com câncer de próstata metastático, que ainda não possui cura definitiva, e acompanhou 831 pacientes em 10 países por um período médio de 20 meses.

O resultado do mostrou que os que receberam o tratamento experimental sobreviveram por uma média de 15,3 meses, em comparação com 11,3 meses para aqueles que tiveram apenas o tratamento padrão, o que representa uma redução de 38%. Além disso, seus tumores eram mais propensos a encolher, seus níveis de antígeno específico da próstata eram mais propensos a cair e o risco de progressão do câncer foi reduzido em 60%.

No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se 65.840 novos casos de câncer de próstata para cada ano do triênio 2020-2022. Isso significa dizer que, a cada 100 mil homens, cerca de 62,95 terão o risco de desenvolver a patologia.

“Isso é algo novo, pois você está direcionando a radiação diretamente para o câncer”, disse Karen Knudsen, presidente e executiva-chefe da American Cancer Society: “Você não está apenas destruindo as células cancerosas, você está bombardeando de forma inteligente o lugar que o tumor achou para viver”.

Como é o procedimento.

A terapia experimental, denominada lutécio-177-PSMA-617, combina um composto que tem como alvo uma proteína na superfície das células cancerosas da próstata, chamada antígeno de membrana específico da próstata, ou PSMA, com uma partícula radioativa que ataca as células.

A proteína PSMA, que pode ser detectada por exames de imagem, está quase exclusivamente nas células do câncer de próstata e, portanto, o tratamento causa menos danos ao tecido circundante, segundo o Dr. Oliver Sartor, co-investigador principal do estudo e diretor médico do Tulane Cancer Center em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

“Este é o primeiro medicamento direcionado ao tumor que realmente resulta em um benefício de sobrevida geral entre pacientes pré-tratados de forma incrivelmente intensa”, explicou o médico Oliver Sartor.

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