FONTE: Da Redação, https://atarde.uol.com.br/
A conta de luz
seguirá em julho com a taxa extra mais cara, anunciou na sexta-feira, 25, a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A bandeira tarifária já está em
vigor na cor vermelha patamar 2, em função do baixo nível dos reservatórios.
Até então,
eram cobrados nesta faixa R$ 6,24 a mais por cada 100 quilowatts/hora (kWh)
consumidos. A diretoria da agência, porém, vai se reunir na próxima terça, 29,
para decidir o valor.
O
diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que a bandeira vermelha 2 terá
reajuste superior a 20%, ultrapassando R$ 7,50.
"Julho
inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios
do SIN [Sistema Interligado Nacional] em níveis consideravelmente baixos para
essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção
hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos
termelétricos", afirmou a Aneel em nota.
De acordo com
o governo, o último período chuvoso, entre novembro de 2020 e abril deste ano,
foi o mais seco em 91 anos. Com isso, os reservatórios das hidrelétricas do
Sudeste e Centro-Oeste – responsáveis por 70% da energia gerada no país –
ficaram em níveis muito baixos. Atualmente, os reservatórios estão em
aproximadamente 30% da capacidade, podendo chegar a 10% até novembro, segundo o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Para assegurar
o fornecimento de energia, têm sido acionadas as usinas termelétricas, mais
caras do que as hidrelétricas. O aumento no custo é repassado aos consumidores
pelo sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015
A bandeira
fica na cor verde quando o nível dos reservatórios é alto e não há necessidade
de acionamento extra das termelétricas. Nesse caso, não há cobrança adicional
na conta de luz. Com os reservatórios baixos, a bandeira pode passar para as
cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2), nas quais há o custo extra.
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