FONTE:Das agências internacionais, https://extra.globo.com/
PEQUIM - Funcionários do governo da província chinesa de Henan, a 700 quilômetros de Pequim, na região central da China, afirmaram ao site Beijing Toutiao News que, ao menos, 18 pessoas morreram e 16 ficaram feridas em um incêndio, nesta sexta-feira, em uma escola de artes marciais. A imprensa local informou que as vítimas são estudantes com idades entre 7 e 16 anos. A tragédia, segundo fontes governamentais, ocorreu durante a noite, quando 34 alunos estavam no segundo andar da escola.
Os feridos, quatro deles em estado grave, foram levados para um hospital e o diretor da escola foi detido. As chamas foram controladas durante a manhã e a origem do incêndio ainda não foi determinada.
— Meu filho tem nove anos, mas eu não sei nada sobre sua situação agora. Nós não podemos vê-lo ou visitá-lo — afirmou Zheng, pai de uma das crianças levadas ao hospital. — Na escola, as crianças estudavam e praticavam artes marciais durante o dia e moravam lá durante as noites. Eu não sei o que causou o incêndio — disse o homem pelo telefone à Reuters.
O secretário do Partido Comunista Chinês em Henan, Lou Yangsheng, afirmou que a tragédia deve servir de "lição" para as autoridades, que precisam trabalhar para evitar este tipo de risco.
A região é um centro importante de artes marciais e tem vários centros de kung-fu, frequentados por milhares de jovens.
O incêndio provocou uma grande comoção nas redes sociais. Os chineses pediram novas e melhores normas de segurança.
Em uma publicação nas redes sociais, o site Zhonghong, identificou a escola como o Centro de Artes Marciais de Zhenxing. Nem Zhenxing nem seu fundador, Chen Lin, responderam às chamadas solicitando comentários.
A situação relembra o que ocorreu há 20 anos, em junho de 2001, quando em um internato de Nanchang, no leste do país, 13 crianças morreram asfixiadas quando os mosquiteiros que as protegiam em suas camas pegaram fogo.
Os incêndios, florestais ou dentro de imóveis, são frequentes na China e provocaram dezenas de vítimas nos últimos anos. No fim de 2017, 19 pessoas morreram em um hotel ao sul de Pequim onde migrantes de outras regiões do país estavam abrigados. A tragédia levou o governo a demolir vários albergues ilegais.
Em 2010, um incêndio em um prédio de 27 andares matou 58 pessoas.
O acidente desta sexta-feira coincide com a preocupação do governo em aumentar as medidas de segurança para a celebração do centenário do Partido Comunista Chinês, em 1º de julho.
Após
vários acidentes em minas, as autoridades suspenderam por exemplo as atividades
em jazidas de carvão em diversas províncias, incluindo Henan, a terceira maior
da China em termos de população, com quase 100 milhões de habitantes.
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