quinta-feira, 1 de julho de 2021

IMPLANTE CEREBRAL DETECTA E ELIMINA A DOR EM TEMPO REAL...

FONTE: Da redação , https://www.istoedinheiro.com.br/


A tecnologia é, sem sombra para dúvidas, uma aliada da saúde. Além dos gadgets que garantem um monitoramento corporal, existem também implantes que, aparentemente simples, vão resolvendo problemas específicos e garantindo uma melhor qualidade de vida.

Um exemplo é um implante cerebral, que, apesar de ser experimental, traz consigo a promessa de detectar e eliminar a dor, em tempo real.

Pesquisadores da Universidade de New York estão trabalhando num implante cerebral que, futuramente, poderá detectar e eliminar determinadas dores, como as enxaquecas. A pesquisa abrirá caminho para o desenvolvimento de outros tipos de implantes para outras condições cerebrais.

Apesar de não se destinar, ainda, ao uso médico, poderá ser um instrumento interessante no combate à dor. Até agora, os implantes têm sido utilizados para dar feedback sobre um estímulo e até permitir que macacos manuseiem um joystick. Agora, os pesquisadores conseguiram utilizar o sinal para antecipar a dor e, depois, um outro sistema para a suprimir. Isto tudo através do cérebro.

De forma a antecipar a dor, a equipe implantou eletrodos na região do córtex cingulado anterior do cérebro, que é a região que processa os sinais de dor. De modo a eliminá-la, instalaram um cabo de fibra ótica na região pré-frontal do córtex pré-frontal.

Estudos anteriores mostraram que ativar neurônios nesta região reduz os sinais de dor em ratos e em primatas. Quando a região do córtex cingulado anterior recebe os sinais de dor, o implante dirige a fibra ótica e ilumina os neurônios da região do córtex pré-frontal, ativando-os. Dessa forma, a dor é detectada e eliminada em tempo real.

Inicialmente, este implante cerebral foi testado em ratos. Tendo em conta que o animal não consegue dizer se está, ou não, sentindo dor, os cientistas expuseram os ratos a uma dor mecânica aguda, semelhante a um alfinete nas patas. Depois de colocado o implante, os ratos retiraram as patas 40% mais devagar.

Os resultados, publicados na Nature Biomedical Engineering, poderão ser também úteis para a exploração de métodos alternativos para o controle da dor.

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