quarta-feira, 21 de abril de 2010

ECONOMIZE ATÉ 70% NA ENERGIA COM MUDANÇA DE HÁBITOS E DE APARELHOS...

FONTE: *** Perla Ribeiro, CORREIO DA BAHIA.

O reajuste na conta de energia passa a vigorar a partir de quinta-feira (22). Como só reclamar não adianta, uma boa pedida é começar a economizar para evitar maiores impactos no bolso. De pequenas mudanças de hábitos a investimentos em equipamentos de menor consumo é possível garantir uma redução na conta de até 70%.
De acordo com a assessora em eficiência energética do grupo Neoenergia, Cristina Mascarenhas, os cuidados se estendem desde a escolha dos eletrodomésticos e eletrônicos a hábitos do cotidiano. Tudo que gasta energia vai pesar na conta, mas os usuários do serviço devem redobrar os cuidados com os três principais vilões do consumo residencial: ar condicionado, chuveiro elétrico e geladeira.
CONSUMO.
Mesmo tendo que pagar mais caro, a saída é apostar nos produtos com o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que garantem uma economia de até 30%. De acordo com Cristina Mascarenhas, antes de adquirir um novo equipamento é importante que o consumidor leve em conta que a potência dele é proporcional ao consumo. Ou seja, quanto mais potente for o ar-condicionado, maior será o impacto dele na conta de energia. Se o assunto for a temperatura usada, a proporção fica invertida. Quanto mais baixa a temperatura utilizada, maior será o consumo de energia.
Na era dos mega televisores é interessante saber também que o tamanho da tela está diretamente relacionado com o gasto de energia. “O consumo de uma TV LCD de 55 polegadas, que fica ligada 10 horas por dia, em um mês será de 69 kWh. Ou seja, custará R$ 31 por mês. Quando se trata de uma TV de 29 polegadas, o consumo cai para 30 kWh, e o custo para R$ 13.08 mensais”, explica Mascarenhas.
GELADEIRA.
Com as geladeiras a lógica não é diferente. Se o negócio é economizar na conta, esqueça o sonho de ter uma duplex ou um refrigerador de duas portas. “Quanto maior a geladeira, mais ela consome”, diz. Dependendo do modelo, o consumo pode variar de 23kWh até 150kWh mensais. Além do modelo, a especialista explica que o mau uso também implica em contas mais altas. “A pessoa não deve colocar a geladeira próxima do fogão, nem forrar as prateleiras e também não colocar roupa para secar atrás da geladeira. Também é preciso estar atento à borracha da porta. Também verificar se a porta do congelador está fechando direito. Caso contrário, o consumo está sendo maior”, explica.
CHUVEIRO.
Nada de banhos demorados e de água muito quente. Eles custam caro. Uma casa com quatro pessoas que tomam dois banhos diários de 8 minutos cada, o custo disso no mês será de mais de R$ 60. “O chuveiro tem três potências, quando joga no muito quente, ela vai lá para cima”, diz a especialista.
É preciso estar atento também para os equipamentos que tem a chamada “carga fantasma”. “Você desliga e ele continua consumindo. Só que não é um consumo pequeno não, às vezes é maior do que no stand by. Só cessa o consumo quando tira da tomada”, explica Cristina Mascarenhas, dando como exemplo alguns computadores, as TVs de LCD, TV a cabo e som.
NÚMERO DE QUEIXAS SOBE NO PROCON.
Aumentos bruscos e repentinos na conta de luz tem elevado expressivamente o número de queixas no Procon contra a distribuidora de energia. No ano passado, o total de reclamações referentes a cobranças indevidas chegou a 62. Este ano, já totalizam 44. Entre elas está a de M.V.A. Mesmo sem alterar os hábitos de consumo, ele informou ao órgão que, de um mês para outro, a conta subiu 717%. Ou seja, de R$ 20.58 saltou para R$ 147.76. Depois de questionar junto a distribuidora, ele denunciou o caso ao Procon.
De acordo com o coordenador técnico do órgão, Pedro Lepikson, toda vez que ocorrem oscilações muito bruscas no índice de consumo é preciso procurar a empresa para que seja realizada uma inspeção no medidor para verificar se houve erro de leitura ou se existe problema no aparelho. “Se o problema não for resolvido, é necessário buscar o órgão de defesa do consumidor”, diz.

*** Notícia publicada na edição impressa do dia 21/04/2010 do CORREIO.

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