segunda-feira, 19 de abril de 2010

IDOSOS COM ALTERAÇÕES DA VISÃO PODEM TER RISCO MAIOR DE DESENVOLVER DEMÊNCIA...

FONTE: American Journal of Epidemiology.

A forma mais comum de demência cerebral - perda progressiva das funções cognitivas - é a doença de Alzheimer. Como o risco de demência e doença de Alzheimer aumenta dramaticamente com o incremento da idade, é importante avaliarmos todos os fatores que influenciam no aparecimento destas doenças.
Um estudo sugere que os idosos com alterações da visão, especialmente os problemas visuais não tratados, podem ter risco maior de desenvolver demência.
Entre um total de 625 idosos norte-americanos com cognição (função mental) inicialmente normal, aqueles que relataram prejuízo visual, foram mais propensos a desenvolver demência durante os próximos 8,5 anos.
Durante o período do estudo, 168 participantes desenvolveram doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Destes homens e mulheres, menos de 10% consideravam sua visão “excelente” no início do estudo. Isso se comparou a quase 31% dos participantes que mantiveram uma função cerebral normal durante o período estudado.
Por outro lado, cerca de um quarto dos participantes do estudo que desenvolveram demência classificaram sua visão como “boa” ou “ruim” no início, versus 11% daqueles cuja memória e pensamento permaneceram sem alterações.
Os pesquisadores observaram os efeitos do tratamento e concluíram que as chances de demência eram mais elevadas entre os idosos com um comprometimento visual não tratado. O risco foi mais baixo com algumas formas de tratamento ocular.
Os resultados não provam que os problemas visuais contribuem para a demência – ou que o tratamento ocular ajuda a reduzir o declínio cognitivo.
Mas eles sugerem que este poderia ser o caso, segundo a pesquisadora principal, Dra. Mary A.M. Rogers, da Universidade de Michigan (Estados Unidos).Não está claro por que os distúrbios oculares e o prejuízo visual contribuiriam para a demência.
Uma hipótese é que uma visão preservada poderia manter os idosos mais ativos – seja saindo ou caminhando, lendo, fazendo palavras cruzadas ou socializando, afirmou a Dra. Rogers. Todas essas coisas têm sido associadas a uma diminuição do risco de demência em idosos, ela acrescentou.

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