FONTE: Jeremias Wernek, em Porto Alegre (esporte.uol.com.br).
Foi exatamente dos pés do novo titular do Inter, Andrezinho, que o jogo começou a ser tornar mais fácil. Com movimentação intensa, boa combinação com D’Alessandro, o meia instigava o time ao ataque. Com três minutos a retranca dos equatorianos já tinha sido burlada. Depois de escanteio cobrado rápido da direita, Andrezinho ajeitou e mandou um belo chute. No ângulo direito de Ibarra.
O placar deu tranquilidade ao Internacional, porém o ritmo foi o mesmo. Com o resultado, a equipe do Beira-Rio encarava o Alianza Lima, do Peru, pela sua posição entre os classificados para a próxima fase. Adversário desejado, mesmo que de forma velada, pelos profissionais do Inter.
Nas quatro linhas, o time sempre explorava as laterais do campo, mas com meias e atacantes. Os nomes de Kleber e Nei ajudavam na construção das investidas. Todo e qualquer desarme – muito raro no primeiro tempo, logo virava passe lateral. Os jogadores seguiam fielmente o pedido do treinador.
A dupla Walter e Alecsandro, na frente, acumulava gols perdidos. Seja em cabeçadas dentro da grande área ou depois de pressionar uma zaga pesada e violenta. No entanto, o domínio oscilou. Pouco, é verdade. Mas capaz de deixar o colorado aflito.
Abbondanzieri saiu errado do gol duas vezes e Arroyo, depois Checa tiveram a chance de igualar o marcador. O que seria uma injustiça pelo bom futebol apresentado de parte do clube gaúcho. Na saída de campo o a palavra de ordem era manutenção. “Temos que voltar com a mesma concentração, pegada e melhorar a finalização”, disse Andrezinho.
CABEÇADA MUDA ADVERSÁRIO DAS OITAVAS.
O segundo tempo começou com uma redução de domínio vermelho no campo. Insúa mexeu no Deportivo Quito que explorou mais o campo ofensivo, ainda de forma rudimentar. De toda forma, o Inter seguia ditando o ritmo.
Aos 15 minutos o ponto de tranquilidade. O nirvana dos colorados em um jogo absolutamente tranquilo. Kleber faz jogada individual e põe na cabeça de Bolívar que, livre, cabeceia para o gol. Com o segundo gol o cenário mudava. Líder da chave cinco com 12 pontos, o Internacional enfrentava o Cruzeiro, segundo colocado do grupo sete.
Vitória assegurada, a terceira dentro de casa na primeira fase da Libertadores. O Inter fecha a primeira parte do torneio com uma defesa que só levou dois gols, sem nenhuma derrota e ajudando o Flamengo, que dependia de resultados paralelos para avançar.
Mas o Inter parecia saber que o caminho seria complicado. O time seguiu pressionando, teve Edu expulso em um choque com o goleiro Ibarra, porém não tirou o pé. O último segundo de jogo, Giuliano limpou um zagueiro e mandou um chute colocado, no ângulo esquerdo, sem chances. Estava alterado, de novo, o rival das oitavas de final. Agora, o clube gaúcho encara o Banfield, de Buenos Aires.
INTERNACIONAL 3 x 0 DEPORTIVO QUITO
Internacional: Abbondanzieri; Nei, Bolívar, Sorondo e Kleber (Guiñazu); Sandro, Guiñazu, Andrezinho (Giuliano) e D’Alessandro; Walter (Edu) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.
Deportivo Quito: Ibarra; Caicedo, Hurtado e Checa; Esterilla (Castro), Minda, Saritama (Niell) e Mina; Arroyo, Borghello e Pirchio (Donoso). Técnico: Rubén Dario Insúa.
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR) - Assistentes: Emigdio Ruiz Roa e Nicolas Yegros (PAR)Público: 31.360 - Renda: R$ 681.705,00
Cartões amarelos: Sandro (INT), Borghello (DEP), Minda (DEP), Esterilla (DEP), Arroyo (DEP), D'Alessandro (INT), Saritama (DEP)
Cartão vermelho: Edu (INT)
Gols: Andrezinho, aos 3 min do primeiro tempo; Bolívar, aos 15 min; Giuliano, aos 47 min do segundo tempo.
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