FONTE: Rodrigo Lago, TRIBUNA DA BAHIA.
As eleições deste ano serão as primeiras com o uso ‘amplo’ da internet no Brasil. Por isso, mesmo com regras pouco claras, o uso do conglomerado de redes em escala mundial deve se transformar em uma das principais estratégias para ganhar o eleitor. Prova disso é que a equipe da ex-ministra petista Dilma Rousseff, candidata à presidência da República, contratou a empresa americana Blue State Digital, responsável pelo marketing digital vitorioso da campanha de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos em 2008. Na época, Obama distribuiu sua marca pela internet, envolveu boa parte dos eleitores e, com isso, faturou um dos cargos mais importantes do planeta.
“Vamos aproveitar a experiência deles, sim, que virão para o Brasil algumas vezes”, confirmou Marcelo Branco, coordenador da campanha da petista. Caminha na mesma direção para lançar mão da internet como arma estratégica, o também candidato à presidência do Brasil, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). Conhecedor de que a rede mundial de computadores pode atrair mais eleitores e colaboradores para a campanha do próximo pleito, ele não dormiu no ponto e já lançou seu perfil no microblog Twitter e contratou pessoas para gerenciar as ferramentas virtuais de sua campanha ao Planalto. Sua página no Twitter alcançou a marca de mais de 181 mil seguidores e vez ou outra é utilizada para retrucar boatos espalhados por todo Brasil. O tesoureiro da Executiva Nacional do PSDB, Eduardo Graeff, declarou que o partido já montou estrutura para maximizar dividendos eleitorais da internet. A disputa na web promete.
A multiplicação vertiginosa dos weblogs, a disseminação viral dos twitters e o crescimento constante das redes como Facebook, também não devem passar em branco aos olhos dos candidatos a governadores dos estados brasileiros. Na Bahia, de acordo com a assessoria do PT, a campanha do atual governador do Estado, Jaques Wagner, candidato à reeleição, vai utilizar todos os meios permitidos pela legislação, inclusive a internet.
Já Maurício Carvalho - sócio da Idéia 3, agência responsável pela campanha do deputado federal Geddel Vieira Lima, candidato do PMDB ao governo -, não acredita que a internet no Brasil, muito menos na Bahia, tenha a mesma potencialidade vista nos Estados Unidos com Obama, mas, ainda assim, disponibilizará todas as ferramentas da internet ao candidato. “Apenas 25% dos baianos tem acesso à internet, no entanto, é um universo que não podemos e nem iremos desprezar. Tudo será pensado de forma estratégica”, afirmou.As expectativas para as campanhas eleitorais na web já estão tomando conta das pessoas que gostam e entendem de política, mas também de quem participa ativamente do crescimento constante das redes de relacionamentos. “Apesar de não gostar muito de política, acabei adicionando os dois principais candidatos à presidência e também os partidos no Twitter. Dá para acompanhar e participar de várias questões”, afirma o estudante de engenharia Milton Brito, 30.
Opinião também dividida pelo advogado Eduardo Martins: “através da internet, o eleitor brasileiro vai poder se aproximar ainda mais da campanha e até participar de forma ativa, caso seja realmente envolvido”. Hoje, a maioria dos partidos políticos possui home pages, através das quais divulgam seus programas de governo, dados dos candidatos, fotos, músicas da campanha, agenda de compromissos e notícias sobre o pleito.
VANTAGENS - Dentre as vantagens da utilização da internet na campanha política eleitoral, está a possibilidade de aproximar de forma mais direta o eleitor. “Os internautas já não se contentam em serem passivos no processo de comunicação. Querem participar da construção da notícia, do espetáculo. E numa campanha eleitoral vão querer mais envolvimento e não apenas ouvir ou ler”, explicou o professor de jornalismo e expert em ciberespaço, Alberto Oliveira. Para ele, as Eleições 2010 terão um sensível aumento de verbas de campanha investidas em marketing online: sites, ferramentas de redes sociais e mobile marketing. Oliveira lembra, no entanto, que a internet é um veículo, cujo sucesso depende do perfil do candidato, sua mensagem, e a identificação de seu público com sua autenticidade.
Questionado sobre a abrangência da internet no Brasil em relação aos Estados Unidos, Oliveira explicou que o usuário da internet tem um perfil muito próximo dos formadores de opinião que atuam como eventuais replicadores da informação. “40 milhões de pessoas já utilizam a internet no Brasil, número que pode inclusive decidir uma eleição”, pontuou.
PRAZO PARA TIRAR TÍTULO: ATÉ 5 DE MAIO:
Deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o novo presidente da República. Os políticos que irão ocupar esses cargos serão eleitos no dia 3 de outubro pelos brasileiros – mais de 132 milhões vão as urnas. O Brasil é um dos países cujo governo sustenta a obrigatoriedade da votação, apesar de ser considerado uma nação democrática. Assim, para os maiores de 18 anos o voto é obrigatório. Facultativo apenas para analfabetos, maiores de 70 anos, maiores de 16 e menores que 18. É preciso ficar atento aos prazos para evitar filar e, claro, ficar em dia com a obrigação eleitoral.
De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), órgão vinculado ao Tribunal Superior Eleitoral, quem vai votar pela primeira vez tem até o dia 5 de maio para tirar o título, por isso, a mobilização eleitoral começa desde já. O mesmo prazo é estabelecido para os eleitores que precisam regularizar suas situações junto aos cartórios eleitorais, como a transferência de domicílio eleitoral e para a alteração no documento. Os eleitores portadores de necessidades especiais também têm até o dia 5 de maio para solicitar sua transferência para seção eleitoral especial.
“Quem não se inscreveu como eleitor, quem teve sua inscrição cancelada ou quem cujos dados não figurem no cadastro de eleitores da seção, precisa procurar o TRE ou os SAC’s para regularizar a situação, lembrando que falta menos de um mês para o encerramento do prazo para a inscrição eleitora”, explica a porta voz do TRE-BA, Cezaltina Lelis.
Segundo ela, os brasileiros que completarão 19 anos após o segundo turno estarão isentos dessa eleição. Entretanto ela faz um alerta aos jovens entre 16 e 18 anos, quem tiver o título de eleitor, passa a ser obrigado a votar. “Uma vez feita à inscrição eleitoral, o voto se torna obrigatório”, diz Cezaltina.
Se o eleitor não votar no primeiro turno e/ou segundo turno nem se justificar perante o juiz eleitoral até a data limite deverá pagar uma multa. Sem a prova de que votou na última eleição, ou de que pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, o eleitor fica sujeito a uma série de penalidades como: não poderá se inscrever em concurso ou prova para cargo ou função pública, não poderá receber vencimentos ou salário de função ou emprego público, autárquico ou de alguma forma ligado ao governo, não poderá obter passaporte ou carteira de identidade ou renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.
O eleitor em situação irregular ficará ainda impedido de praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.
As eleições deste ano serão as primeiras com o uso ‘amplo’ da internet no Brasil. Por isso, mesmo com regras pouco claras, o uso do conglomerado de redes em escala mundial deve se transformar em uma das principais estratégias para ganhar o eleitor. Prova disso é que a equipe da ex-ministra petista Dilma Rousseff, candidata à presidência da República, contratou a empresa americana Blue State Digital, responsável pelo marketing digital vitorioso da campanha de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos em 2008. Na época, Obama distribuiu sua marca pela internet, envolveu boa parte dos eleitores e, com isso, faturou um dos cargos mais importantes do planeta.
“Vamos aproveitar a experiência deles, sim, que virão para o Brasil algumas vezes”, confirmou Marcelo Branco, coordenador da campanha da petista. Caminha na mesma direção para lançar mão da internet como arma estratégica, o também candidato à presidência do Brasil, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). Conhecedor de que a rede mundial de computadores pode atrair mais eleitores e colaboradores para a campanha do próximo pleito, ele não dormiu no ponto e já lançou seu perfil no microblog Twitter e contratou pessoas para gerenciar as ferramentas virtuais de sua campanha ao Planalto. Sua página no Twitter alcançou a marca de mais de 181 mil seguidores e vez ou outra é utilizada para retrucar boatos espalhados por todo Brasil. O tesoureiro da Executiva Nacional do PSDB, Eduardo Graeff, declarou que o partido já montou estrutura para maximizar dividendos eleitorais da internet. A disputa na web promete.
A multiplicação vertiginosa dos weblogs, a disseminação viral dos twitters e o crescimento constante das redes como Facebook, também não devem passar em branco aos olhos dos candidatos a governadores dos estados brasileiros. Na Bahia, de acordo com a assessoria do PT, a campanha do atual governador do Estado, Jaques Wagner, candidato à reeleição, vai utilizar todos os meios permitidos pela legislação, inclusive a internet.
Já Maurício Carvalho - sócio da Idéia 3, agência responsável pela campanha do deputado federal Geddel Vieira Lima, candidato do PMDB ao governo -, não acredita que a internet no Brasil, muito menos na Bahia, tenha a mesma potencialidade vista nos Estados Unidos com Obama, mas, ainda assim, disponibilizará todas as ferramentas da internet ao candidato. “Apenas 25% dos baianos tem acesso à internet, no entanto, é um universo que não podemos e nem iremos desprezar. Tudo será pensado de forma estratégica”, afirmou.As expectativas para as campanhas eleitorais na web já estão tomando conta das pessoas que gostam e entendem de política, mas também de quem participa ativamente do crescimento constante das redes de relacionamentos. “Apesar de não gostar muito de política, acabei adicionando os dois principais candidatos à presidência e também os partidos no Twitter. Dá para acompanhar e participar de várias questões”, afirma o estudante de engenharia Milton Brito, 30.
Opinião também dividida pelo advogado Eduardo Martins: “através da internet, o eleitor brasileiro vai poder se aproximar ainda mais da campanha e até participar de forma ativa, caso seja realmente envolvido”. Hoje, a maioria dos partidos políticos possui home pages, através das quais divulgam seus programas de governo, dados dos candidatos, fotos, músicas da campanha, agenda de compromissos e notícias sobre o pleito.
VANTAGENS - Dentre as vantagens da utilização da internet na campanha política eleitoral, está a possibilidade de aproximar de forma mais direta o eleitor. “Os internautas já não se contentam em serem passivos no processo de comunicação. Querem participar da construção da notícia, do espetáculo. E numa campanha eleitoral vão querer mais envolvimento e não apenas ouvir ou ler”, explicou o professor de jornalismo e expert em ciberespaço, Alberto Oliveira. Para ele, as Eleições 2010 terão um sensível aumento de verbas de campanha investidas em marketing online: sites, ferramentas de redes sociais e mobile marketing. Oliveira lembra, no entanto, que a internet é um veículo, cujo sucesso depende do perfil do candidato, sua mensagem, e a identificação de seu público com sua autenticidade.
Questionado sobre a abrangência da internet no Brasil em relação aos Estados Unidos, Oliveira explicou que o usuário da internet tem um perfil muito próximo dos formadores de opinião que atuam como eventuais replicadores da informação. “40 milhões de pessoas já utilizam a internet no Brasil, número que pode inclusive decidir uma eleição”, pontuou.
PRAZO PARA TIRAR TÍTULO: ATÉ 5 DE MAIO:
Deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o novo presidente da República. Os políticos que irão ocupar esses cargos serão eleitos no dia 3 de outubro pelos brasileiros – mais de 132 milhões vão as urnas. O Brasil é um dos países cujo governo sustenta a obrigatoriedade da votação, apesar de ser considerado uma nação democrática. Assim, para os maiores de 18 anos o voto é obrigatório. Facultativo apenas para analfabetos, maiores de 70 anos, maiores de 16 e menores que 18. É preciso ficar atento aos prazos para evitar filar e, claro, ficar em dia com a obrigação eleitoral.
De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), órgão vinculado ao Tribunal Superior Eleitoral, quem vai votar pela primeira vez tem até o dia 5 de maio para tirar o título, por isso, a mobilização eleitoral começa desde já. O mesmo prazo é estabelecido para os eleitores que precisam regularizar suas situações junto aos cartórios eleitorais, como a transferência de domicílio eleitoral e para a alteração no documento. Os eleitores portadores de necessidades especiais também têm até o dia 5 de maio para solicitar sua transferência para seção eleitoral especial.
“Quem não se inscreveu como eleitor, quem teve sua inscrição cancelada ou quem cujos dados não figurem no cadastro de eleitores da seção, precisa procurar o TRE ou os SAC’s para regularizar a situação, lembrando que falta menos de um mês para o encerramento do prazo para a inscrição eleitora”, explica a porta voz do TRE-BA, Cezaltina Lelis.
Segundo ela, os brasileiros que completarão 19 anos após o segundo turno estarão isentos dessa eleição. Entretanto ela faz um alerta aos jovens entre 16 e 18 anos, quem tiver o título de eleitor, passa a ser obrigado a votar. “Uma vez feita à inscrição eleitoral, o voto se torna obrigatório”, diz Cezaltina.
Se o eleitor não votar no primeiro turno e/ou segundo turno nem se justificar perante o juiz eleitoral até a data limite deverá pagar uma multa. Sem a prova de que votou na última eleição, ou de que pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, o eleitor fica sujeito a uma série de penalidades como: não poderá se inscrever em concurso ou prova para cargo ou função pública, não poderá receber vencimentos ou salário de função ou emprego público, autárquico ou de alguma forma ligado ao governo, não poderá obter passaporte ou carteira de identidade ou renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.
O eleitor em situação irregular ficará ainda impedido de praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.
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