segunda-feira, 25 de outubro de 2010

BRASIL SE DESTACA NO MUNDO EM PESQUISA ODONTOLÓGICA...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
O profissional de odontologia tem muito a comemorar no seu dia, hoje, porque atualmente o Brasil é o país que mais produz pesquisas odontológicas do mundo e está dentre os países mais avançados na área, tanto em termos de profissionais capacitados como de tecnologia avançada, embora ainda tenha que enfrentar alguns desafios como a luta para evitar a prática ilegal da profissão, principalmente no interior do estado, e para a inserção obrigatória do dentista nos postos de saúde, hospitais públicos e particulares.
Na avaliação do dentista Francisco Xavier Paranhos Coêlho Simões, 24 anos de profissão, com várias especializações na área de Odontologia, professor, especialista em odontopediatria, ortodontia e ortopedia funcional, mestre em odontologia e doutor em Odontopediatria “a saúde bucal tem melhorado a nível nacional pela implantação de novas faculdades, o que fez com que as pessoas de baixa renda possam ter acesso ao tratamento gratuito e até mesmo os postos hoje em dia já estão preparados para outros atendimentos como restauração e prevenção”, explicou.
Simões acrescentou ainda que várias instituições de ensino de Odontologia têm como meta ir até a comunidade para mostrar a importância da prevenção.Como toda a profissão há dificuldades e as principais, de acordo com Simões, estão ligadas aos custos elevados de alguns materiais que precisam ser importados, consequentemente tendo que ser repassados os valores para a clientela, porém ele frisou que atualmente os materiais odontológicos utilizados têm melhorado cada vez mais, inclusive os produtos nacionais, o cirurgião-dentista não necessita mais depender exclusivamente de produtos importados para realizar procedimentos odontológicos de qualidade.
Outra dificuldade levantada pelo dentista é a luta pela inclusão da categoria na saúde da família, o que possibilitará o profissional a atuar nos postos de saúde, nos hospitais públicos e particulares. “A gente entende que esses locais necessitam de médicos e enfermeiros e por que não incluir o cirurgião dentista”, indaga, acrescentando que este profissional também tem competência para atender pacientes que tiverem trauma na face.
LUTA CONTRA A PRÁTICA ILEGAL.
Mas a prática ilegal da profissão é uma luta constante destes profissionais , o que exige uma ampla atuação do Conselho Regional de Odontologia (Croba), mas que necessita também de uma grande fiscalização das secretarias municipais de saúde. “Acontece muito no interior de o indivíduo sem ter formação acadêmica atender o paciente, fazendo todo o tipo de procedimento que pode complicar a vida do paciente como extração, que pode ser evitada, pois na avaliação de um profissional capacitado o dente ainda poderá ser restaurado”, assinalou.
Ele explicou que nestes casos necessita da intervenção das secretarias municipais porque muitas vezes os fiscais do Croba vão até o local, fecham as portas do estabelecimento porque se não há profissional capacitado, não há alvará de licença.
Mas quando o fiscal vira as costas, os donos voltam a abrir a clínica. “A fiscalização depende do Conselho de Odontologia, mas cabe às secretarias de saúde dos municípios verificar se existe ou não o alvará de licença, pois se aquela pessoa que está fazendo a prática não possuir registro não tem como ter o alvará de licença.
Então, as prefeituras, através das vigilâncias sanitárias podem impedir o funcionamento, pois tem que checar se possui o alvará”, assinalou. Brasil campeão – Sobre as perspectivas da profissão, o dentista Francisco Simões festeja anunciando que as técnicas têm sido aperfeiçoadas principalmente oriundas de pesquisas odontológicas realizadas no País.
“Em relação a este assunto, o Brasil é um dos países que mais produz pesquisa odontológica no mundo. Muitos pesquisadores brasileiros são convidados a participarem de eventos científicos em outros países para divulgar os resultados de trabalhos científicos”, informou.
Ele enfatiza que a Odontologia atual preconiza a promoção de saúde bucal, motivando o paciente quanto às medidas preventivas necessárias para evitar a instalação da doença cárie, e interceptando quando está já se apresenta.
Para Simões o curso de Odontologia nos últimos anos tem formado cirurgiões-dentistas, não só como profissional na resolução das sequelas da doença cárie, mas também com papel de educador em saúde bucal. A mudança qualitativa no pensar se deve às constantes ações do governo e das entidades de classe.
HISTÓRIA.
De acordo com a história, a Odontologia praticada no século XVI, a partir da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500, restringia-se quase que só as extrações dentárias. As técnicas eram rudimentares, o instrumental inadequado e não havia nenhuma forma de higiene. Anestesia, nem pensar. O barbeiro ou sangrador devia ser forte, impiedoso, impassível e rápido.
Os médicos (físicos) e cirurgiões, diante tanta crueldade, evitavam esta tarefa, alegando os riscos para o paciente (possibilidade de morte) de hemorragias e inevitáveis infecções. Argumentavam que as mãos do profissional poderiam ficar pesadas e sem condições para intervenções delicadas. Os barbeiros e sangradores eram geralmente ignorantes e tinham um baixo conceito, aprendendo esta atividade com alguém mais experiente.
Para exercer esta atividade os profissionais dependiam de uma licença especial dada pelo “cirurgião-mor mestre Gil”, sendo os infratores autuados, presos e multados em três marcos de ouro ... (segundo a norma da Carta Régia de 25 de outubro de 1448, de El-rei D. Afonso, de Portugal, dando “carta de oficio de cirurgião-mór destes reinos”). A carta de ofício não se referia aos barbeiros e sangradores, havendo a possibilidade destes profissionais terem obtido licença do cirurgião-mór de Portugal.
Somente em 9 de novembro de 1629 houve, através da Carta Régia, os exames aos cirurgiões e barbeiros. A reforma do regimento em 12 de dezembro de 1631 determinava a multa de dois mil réis às pessoas que “tirassem dentes” sem licença. Parece que sangrador e tiradentes, ofícios acumulados pelos barbeiros, eram coisas que se confundiam, podendo o sangrador também tirar dentes, pois nos exames de habilitação tinham de provar que durante dois anos “sangraram” e fizeram as demais atividades.
CURSOS - No estado os cursos começaram com a Escola de Cirurgia da Bahia (1808); Academia Médico-Cirúrgica da Bahia (1816); Faculdade de Medicina da Bahia (1832); Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia (1891); Faculdade de Medicina da Bahia (1901); Faculdade de Medicina da Universidade da Bahia (1946); Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (1965)
A Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia teve ínício em 1884, localizada na Praça XV de Novembro, Bairro Terreiro de Jesus Salvador – Bahia, cuja mudança de endereço para a Rua Araujo de Pinho, 62 Canela Salvador – Bahia CEP 40.110-912 só ocorreu em 29 de setembro de 1958 .
Além da Ufba, o estado possui o Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, localizado na Av. Transnordestina, s/n Módulo de Odontologia Bairro Novo Horizonte Feira de Santana – Bahia CEP 44.036-900; o Curso de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, localizado na Av. Silveira Martins, 3386 Cabula - Salvador Bahia 41150-100; o Curso de Odontologia da Universidade Metropolitana de Educação e Cultura, localizado na Av. Luis Tarquínio Pontes, 600 - Lauro de Freitas – BA; Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, localizado na Rua José Moreira Sobrinho s/n Bairro Jequiezinho Jequié – Bahia CEP 45.206-190.

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