FONTE: RONI CARYN RABIN, DO "THE NEW YORK TIMES" (www1.folha.uol.com.br).
Para tratar a condição desconfortável e potencialmente perigosa chamada prolapso do órgão pélvico --um enfraquecimento dos músculos e ligamentos que sustentam órgãos como a bexiga e o útero-- mais cirurgiões ginecológicos e urológicos têm recorrido a uma malha sintética que reforça a parede vaginal.
Porém, agora pesquisadores relatam que mulheres que receberam a malha tiveram tantas complicações que os cientistas foram forcados a interromper um teste clínico antes do tempo.
O teste determinou aleatoriamente que 65 mulheres com prolapso passassem por reparação cirúrgica com malha vaginal ou através de um procedimento mais tradicional, colpopexia, que usa os próprios ligamentos da paciente para sustentar os músculos frouxos.
Em artigo publicado no jornal "Obstetrics & Gynecology", os pesquisadores afirmam que revisores de segurança observaram que mais de 15% das pacientes que receberam a malha apresentaram erosão, uma complicação potencialmente séria na qual a pele se rompe e a rede se projeta, muitas vezes resultando em dor e infecções. O teste, iniciado em 2007, foi interrompido em agosto de 2009.
Em 2008, a FDA (Food and Drug Administration) tinha emitido um alerta de que a malha vaginal estava associada a complicações, mas afirmou que os problemas eram "raros".
A principal autora do novo relatório, Cheryl B. Iglesia, diretora de medicina pélvica reprodutiva e cirurgia reconstrutora do Washington Hospital Center, no Distrito de Columbia, disse que o estudo sustenta dois pontos principais.
"O resultado é que não só houve mais complicações", ela disse, "mas também a malha não mostrou ser melhor que a cirurgia tradicional".
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