sábado, 22 de janeiro de 2011

ANO DE 2010 TEVE RECORDE DE DERRETIMENTO NA GROELÂNDIA...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.

O ano de 2010 atingiu o recorde de maior derretimento da superfície de gelo da Groelândia. Além disto, em alguns pontos da região o período de derretimento foi prolongado em 50 dias, como concluiu estudo publicado ontem (21) no periódico científico Environmental Research Letters.
“O ano de 2010 foi duas vezes mais alto que a média das variabilidades dos últimos 30 anos (de 1979 a 2009)”, disse Marco Tedesco, diretor do laboratório de processos da Criosfera do City College de Nova York e que liderou o estudo sobre as variáveis que afetam o derretimento de gelo.
O pesquisador analisou as anomalias de temperatura na superfície do gelo da Groelândia, bem como estimativas de derretimento da superfície a partir de dados de satélite, observações de terreno e modelos climáticos. De acordo com Tedesco, o aumento do derretimento deixa exposto uma camada chamada lençol de gelo – massa formada há milênios.
“Com isto, as previsões sobre o aumento do nível do mar por causa do aquecimento global, podem ser ainda piores”, disse. Ele explica que muitos modelos não incluem os lençóis de gelo no calculo sobre o aumento do nível do mar.
ANO QUENTE E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Em 2010, o início do derretimento começou muito cedo, já em abril, na primavera do Hemisfério Norte. O fenômeno foi alavancado por temperaturas acima do comum. Para se ter uma ideia, Nuuk, a capital da Groelândia, teve a primavera mais quente desde 1873, quando iniciaram os registros de temperatura na região.
As altas temperaturas contribuíram para acelerar a transformação da neve. Tedesco explica que a neve que derrete mais rápido de certo modo se torna “velha” mais cedo, formando grandes grãos que absorvem mais a radiação solar. “Estima-se que a neve absorva apenas 15% da radiação solar, a neve ‘velha’ absorve de 30% a 40%.
Quando a neve acaba, o gelo absorve 70% da radiação”, disse.Este aumento da absorção dos raios solares juntamente com o aumento da temperatura na atmosfera - mais de 3°C que o normal, - e a menor precipitação - faz com que o derretimento do gelo não ocorresse de forma linear. “O crescimento do derretimento é exponencial, vai aumentando conforme o tempo”, disse.

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