FONTE: Karina Baracho, TRIBUNA DA BAHIA.
O ano é novo, mas as despesas atualizadas. Quem aproveitou a redução do Imposto sobre produtos Industrializados (IPI) e comprou carro zero quilômetro em 2010 ou mesmo quem manteve o velho carrinho usado vai ter que pagar as despesas do tradicional e anual Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que a depender do final da placa vence ainda nos primeiros meses do ano.
A base de cálculo para o pagamento do imposto dos veículos novos é feita a partir da constante na nota fiscal ou no documento que represente a transmissão de propriedade. Já para automóveis usados, a avaliação acontece a partir de uma tabela elaborada pela Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA) com base nos preços médios de mercado.
A Sefaz-BA está utilizando como base de cálculo do IPVA, a tabela da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE), que informa o valor médio de mercado dos veículos automotores terrestres. As alíquotas variam de 1,5% até 3%, a depender do tipo de veiculo, embarcação ou aeronave.
Com a última prestação do seguro pago em dezembro último, a jornalista Silvia Araújo, 43 anos, já se prepara para desembolsar o valor do IPVA que vence em abril próximo. “Acho um absurdo o valor do IPVA.
É um dinheiro que não temos retorno, pois as estradas estão terríveis, esburacadas e sem sinalização. A sensação que tenho é de que pago apenas para não levarem o carro em caso de blitz”, disse. Segundo ela, o carro é uma melhor maneira de se locomover. “Preservo apenas o meu direito de ir e vir”.
Já a pedagoga Cristina Maia, 29 anos, destacou não ter nem ideia de quanto vai pagar do imposto. “É o meu primeiro ano com carro e só quero saber o valor quando a fatura chegar. Como meu carro o final da placa é oito vou ter mais uns meses de felicidades”, brincou.
Ela afirmou ainda não ver muito sentido no imposto que é cobrado anualmente. “As ruas e estradas estão em péssimas condições de conservação, realmente não vejo o motivo de pagá-lo. Afinal já temos tantos outros impostos”, concluiu.
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