sábado, 15 de janeiro de 2011

FREIRAS FICAM POR DECISÃO JUDICIAL...

FONTE: Leidiane Brandão, TRIBUNA DA BAHIA.

As freiras da Casa do Retiro São Francisco vão poder continuar no local pelo menos até o dia 20 deste mês. A decisão foi acatada na tarde de anteontem, após uma notificação expedida pelo promotor do Ministério Público (MP) Cesar Luiz, e encaminhada ao frei Walter Schreiber, que administra o Retiro. No documento, o promotor convoca o frei a comparecer ao MP no próximo dia 20, para dar explicações sobre a possível saída das freiras e o fechamento do retiro
As informações foram passadas na tarde de ontem pelo grupo de amigos da casa, que, inconformados com a situação, se reuniram no pátio do local para pedir apoio à sociedade e aos poderes públicos.
Na próxima segunda-feira, os manifestantes irão ao Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (Ipac) pedir agilidade no processo de tombamento do retiro, que está em andamento desde o mês de julho do ano passado. Ainda segundo os Amigos do Retiro, uma carta com cerca de quinhentas assinaturas está pronta para ser entregue ao novo arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, ainda sem data definida para entrega. No documento, eles pedem apoio ao arcebispo para a permanência das freiras.
De acordo com a professora Iara Ataíde, uma das organizadoras do movimento, na última quinta-feira ela se reuniu com o frei Walter, quando foram apresentadas duas propostas para que o local continue funcionando. Uma delas seria a busca de recursos junto a empresas privadas para fazer a reforma do local e a outra seria a permanência das freiras. Segundo Iara, durante o encontro, não houve acordo algum. “Não conseguimos nada de concreto.
Diante disso, vamos pedir ao diretor do IPAC que agilize logo a situação do nosso retiro. Se houver o tombamento, com certeza, as freiras não serão obrigadas a deixar a casa. Eles alegam que não têm condições de manter o retiro de portas abertas por falta de verba. Mesmo assim, não aceitaram nossa proposta de ir em busca de recursos. Vamos lutar até o fim para manter a casa aberta “, resumiu Iara.

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