FONTE: NICHOLAS BAKALAR, DO "THE NEW YORK TIMES" (www1.folha.uol.com.br).
Dar a dose correta de remédio pediátrico sem receita é essencial, mas o rótulo da embalagem e a informação de dosagem podem ser praticamente incompreensíveis. E uma superdosagem pode ser fatal.
Durante o ano que acabou em 1º de novembro de 2009, pesquisadores examinaram as orientações e dispositivos de medição em 200 remédios pediátricos líquidos sem necessidade de prescrição --drogas para alergia, tosse e resfriado, dor ou problemas gastrointestinais, e remédios em produtos combinados.
Em artigo publicado on-line no "The Journal of the American Medical Association", os pesquisadores reportaram que 52 dos remédios não vinham com dispositivos de medição na embalagem, e que 146 dos outros 148 tinham inconsistência entre as instruções de dosagem e os dispositivos, incluindo marcações excessivas ou ausentes, unidades de medida pouco familiares (por exemplo: dracma ou centímetros cúbicos), ou abreviações indefinidas ou fora do padrão.
Em novembro de 2009, a FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, similar à Anvisa no Brasil) publicou diretrizes voluntárias para os rótulos de instruções de dosagem e dispositivos de medição para remédios líquidos sem receita. "O plano é ver mudanças no próximo inverno", disse H. Shonna Yin, principal autora.
Mas Yin, professora assistente de pediatria da New York University, não para por aí. "Quando fizermos o estudo novamente", ela disse, "veremos se as diretrizes voluntárias funcionam, ou se precisamos de algo mais forte".
Nesse meio tempo, ela continuou, os pais devem prestar muita atenção nas instruções da embalagem e no rótulo dos dispositivos de medição. "Uma colher de sopa", ela alertou, "é três vezes maior que uma colher de chá".
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