FONTE: Carolina Ildefonso (semprematerna.uol.com.br).
Que amamentar é bom para o bebê isso é fato. No início não se parece em nada com a delicadeza divulgada pelos filmes da tevê e do cinema. Mas, com boa dose de paciência, tolerância, amor, apoio e técnica, acredite: você consegue virar esse jogo.
Segundo especialistas, são raros os casos em que há incapacidade biológica de a mulher amamentar.
Lamentavelmente, apesar disso, pesquisas indicam que mais da metade das mães deixam de dar o peito até o final do primeiro mês. Dentre os vários terrores relacionados à amamentação, o ingurgitamento do leite é muito citado pela ala feminina.
A enfermeira Márcia Regina da Silva, encarregada do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno (GAAM) do Banco de Leite Humano e Consultora Internacional em Aleitamento Materno do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim, explica que com os ductos obstruídos a mamãe pode ter como causa dor generalizada nas mamas, pequenos nódulos (acúmulo de leite), dificuldade para a pega correta do bebê, devido ao acúmulo de leite, e até apresentar febre. A explicação é simples: alta produção e baixo consumo do leite materno.
Para haver equilíbrio e sucesso nesse processo, de acordo com a consultora, o segredo é amamentar. “Oferecer o peito com frequência é o ponto principal, seguido de massagem e ordenha manual para evitar o acúmulo de leite. Para diminuir o desconforto das mamas pelo acúmulo de leite, a realização de compressa fria após cada mamada é extremamente eficaz”, aconselha.
Para evitar problemas mais sérios, como a mastite que é a complicação do ingurgitamento, um ponto relevante é fugir dos palpites e das receitinhas caseiras. Para Márcia, alguns mitos podem causar reação adversa. “O mais grave é o uso de água quente associado à bomba manual.Esse procedimento aumenta a produção de leite e pode provocar piora na evolução do ingurgitamento mamário”, diz ela.
A dica profissional é: ao final de cada mamada realizar um autoexame das mamas em busca dos nódulos de leite e caso necessário massagear e ordenhar para extrair o leite que restou. A técnica de ordenha consiste em posicionar os dedos indicador e polegar em forma de “C” no final da região areolar e realizar movimentos rítmicos. Fuja das compressas quentes, elas estimulam ainda mais a descida do leite.
Não menos importante é recorrer ao auxílio profissional. “A massagem manual deve ser realizada com a ponta dos dedos (indicador e médio) em movimentos circulares, mantendo uma mão em suporte no lado oposto. O sentido da massagem é do bico para a base da mama, a fim de desobstruir o caminho por onde o leite passa, não podendo durar mais do que 15 minutos de cada lado”, encerra Márcia Regina.
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