quinta-feira, 28 de abril de 2011

DIABETES TIPO 2 PODE COLABORAR COM QUEDA DE CABELOS EM NEGRAS...

FONTE: RONI CARYN RABIN, DO "NEW YORK TIMES" (www1.folha.uol.com.br).

Muitas mulheres negras sofrem com a perda permanente de cabelos, mas pouco se pesquisou sobre as causas do problema, geralmente ignoradas e tratadas como uma preocupação cosmética. A química usada para o alisamento dos cabelos há tempos é suspeita de colaborar com essas causas.




Em uma das primeiras tentativas de avaliar o real motivo da perda de cabelo entre esse grupo, pesquisadores apontaram que aproximadamente um terço de um grupo composto por 326 negras apresentava um tipo de perda capilar central, chamada de alopecia cicatricial centrífuga central, ou ACCC, diagnosticada quase que exclusivamente em mulheres negras.

O estudo informal, publicado na internet em 11 de abril no "Archives of Dermatology", também apontou que mulheres com perda de cabelos mais intensa apresentavam índices mais altos de diabetes tipo 2 e infecções bacterianas do couro cabeludo do que mulheres com pouca ou nenhuma perda de cabelos.

Aquelas com perda de cabelos intensa também mostraram mais probabilidade ao uso de tranças, entrelaçamentos e apliques.

Angela Kyei, autora líder do artigo e chefe residente no Cleveland Clinic Institute de Dermatologia e Cirurgia Plástica, afirma que serviços de salões de beleza, como tranças apertadas e entrelaçamentos, contribuem com a CCCA, e que estados clínicos como o diabetes tipo 2 também podem colaborar.

Diabéticos tendem a ser mais suscetíveis a infecções, inclusive do couro cabeludo, ela aponta. Isso acaba por predispor algumas mulheres à perda de cabelos após tratamentos feitos em salões de beleza.

"Ignorar a perda de cabelos, tratando sua causa como um mero problema cosmético, é uma abordagem errada", revela Kyei.

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