FONTE: MARIANA VERSOLATO, DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Pessoas que sofrem infarto devem começar a se exercitar mais cedo do que o recomendado hoje.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Alberta, no Canadá, junto com as universidades Duke e Stanford (EUA), os exercícios, como caminhadas, devem começar uma semana após o ataque cardíaco. O intervalo indicado hoje é de quatro semanas.
De acordo com a pesquisa, é importante afastar a ideia de que o coração precisa de descanso após um infarto.
Os exercícios aumentam a capacidade de bombeamento do sangue e reduzem a pressão arterial.
Segundo Carlos Eduardo Negrão, cardiologista do InCor (Instituto do Coração), os resultados da pesquisa são animadores.
Segundo Carlos Eduardo Negrão, cardiologista do InCor (Instituto do Coração), os resultados da pesquisa são animadores.
Há, porém, uma preocupação quanto à cicatrização da área da cirurgia, quando ela é necessária, em casos mais graves.
"No InCor, estamos refletindo se vale a pena alterar a recomendação-padrão. É difícil, porque teríamos que alterar um paradigma."
Segundo especialistas, uma semana após o infarto, o paciente pode caminhar pelo quarto e no corredor do hospital, e fazer exercícios com braços e pernas, para evitar trombose.
"Infarto não é empecilho para atividade física", diz Luiz Antonio César, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
Mas, afirma, a reabilitação deve ser feita sob supervisão e de forma moderada. É preciso avaliar também a gravidade do caso.
De acordo com Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia clínica do HCor (Hospital do Coração), o exercício só é recomendado para o paciente estável, sem cansaço, dores no peito ou arritmia.
Se a atividade for feita em excesso, podem ocorrer novos infartos.
Mas, quanto mais cedo os exercícios começarem, melhor, de acordo com César.
"É um momento em que a pessoa está sensível e pode adquirir novos hábitos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário