FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
O medo de uma cirurgia invasiva como a plástica, e ao mesmo tempo devido aos preços elevados de um procedimento melindroso que pode custar de 5 mil a 10 mil ou mais, está fazendo com que grande parte das pessoas escolham o botox para correções no rosto (média de preço R$ 500 a 2 mil), a exemplo de conhecidos da mídia como a ex-primeira-dama Marisa Letícia, as atrizes do cinema americano Nicole Kidman, Jennifer Aniston e Melanie Griffith.
Dados apontam que no Brasil atualmente 92% dos procedimentos estéticos (não cirúrgicos) são com a aplicação do botox que serve para eliminar rugas do rosto e do colo, arrebitar o nariz e deixar os lábios mais carnudos, além de servir para tratamento médico.
As pessoas ouvem e veem na televisão se falar muito no botox, mas a pergunta vem logo a seguir: realmente o que significa este nome? Quem define este produto é a fisioterapeuta dermato- funcional, Carmen Pedra, diretora da Clinica La Belle.
“A Toxina Botulínica tipo A, mais conhecida como botox, é uma substância que age cortando a comunicação do nervo com o músculo, relaxando a região em que foi aplicada. Com funções estéticas variadas como eliminar rugas do rosto e do colo, arrebitar o nariz e deixar os lábios mais carnudos, o botox vem ganhando mais espaço também em tratamentos médicos”, explicou.
Esta substância começou a ser estudada, há mais de 30 anos, desde então não param de surgir novas utilizações na medicina. As primeiras aconteceram nas áreas oftalmológicas (para correção do estrabismo) e neurológicas (em quadros de distonia, distúrbio do movimento que resulta em contrações musculares involuntárias e persistentes).
Embora de alto custo, é disponibilizado pelo Governo Federal através das Secretarias de Saúde. Alguns planos médicos também passaram a cobrir o procedimento terapêutico com botox.
De acordo com a fisioterapeuta- facial, “a função primária do botox é relaxar a musculatura. A partir desse princípio, busca-se tratar diversas patologias. Estudos atuais apontam bons resultados de seu uso, inclusive no tratamento da obesidade”, contou, acrescentando que “os efeitos da toxina botulínica duram até seis meses.
Após esse período os músculos voltam a contrair e as rugas aparecem novamente. A nova aplicação é feita com intervalo de no mínimo três meses e é semelhante à anterior”, destacou.
CUIDADO COM A DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA.
A especialista revelou que após a aplicação podem surgir alguns hematomas que tendem a desaparecer num período de uma semana. Os movimentos faciais devem ser evitados nas primeiras quatro horas, para impedir que a toxina botulínica se espalhe pelo rosto e perca o efeito desejável no local da aplicação.
A especialista revelou que após a aplicação podem surgir alguns hematomas que tendem a desaparecer num período de uma semana. Os movimentos faciais devem ser evitados nas primeiras quatro horas, para impedir que a toxina botulínica se espalhe pelo rosto e perca o efeito desejável no local da aplicação.
Entretanto ela chama a atenção para uma situação que pode ocorrer “o uso do botox acaba causando uma dependência psicológica, um modo de a pessoa apagar qualquer vestígio de envelhecimento, mas muitas perdem a medida da aplicação e acabam ficando com a chamada “cara de cera” e podem ser extremamente prejudiciais à saúde, comprometendo a função dos nervos”, alertou.
Carmen Pedra advertiu ainda que “existe uma quantidade máxima de toxina que pode ser aplicada em cada região da face. Ultrapassar essas doses pode comprometer a segurança do procedimento e causar danos para o paciente”
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