sexta-feira, 10 de junho de 2011

OPORTUNIDADES IGUAIS...

Com a vida a ser vivida, os jovens estão sempre à mercê de uma infinidade de influências, desejos, necessidades e comportamentos (bons ou ruins). Meio crianças, não vêem a hora de ingressar no mundo adulto que, para a maioria sem privilégios, pode se revelar uma surpresa bastante cruel. No entender dos especialistas, é preciso que o governo e a sociedade invistam mais na juventude.


A educação é um fator essencial para que atinjam a maioridade com igualdade de condições. Não pode haver, é óbvio, discriminação entre pobres e ricos, todos devem ter os mesmos direitos e deveres, pelo menos teoricamente. Na prática, no entanto, a realidade revela que as coisas não funcionam bem assim.


Por causa desta negativa, a sociedade e os próprios jovens sofrem na pele o efeito do descaso e da omissão do Estado quando o tema é relegado a segundo plano.


As Febens da vida estão aí para apontar, na maioria das vezes e de forma violenta, que alguma coisa está errada. Educadores do quilate de um Darcy Ribeiro sempre apontaram a emergente necessidade de se investir, de maneira séria e continuada, em educação. Jovens à sombra dos livros e com direito à moradia e à alimentação têm tudo para se transformarem em pessoas de bem, em profissionais de sucesso.


Mas quando lhes falta o ensino, buscam - até por não verem outra saída - o lado obscuro da vida. Pulam o muro: uma viagem perigosa e quase sempre sem volta.Diariamente presenciamos a crescente onda de violência a que estão submetidos os jovens das periferias das grandes cidades brasileiras. Este fenômeno se repete com freqüência nos países pobres, e a situação histórica de descaso tem trazido graves conseqüências à sociedade.


Há fórmulas de se mudar tal situação. Mas para reverter este quadro assustador, no qual milhares deles se embrenham por caminhos tortuosos, é preciso vontade política.


As autoridades devem agir com firmeza e adotar tolerância zero ao descaso, à indiferença e à omissão.


Uma sociedade comprometida investe alto na juventude e, é claro, mais tarde colhe o que plantou. A Europa é cenário de vitórias neste campo. Mas como o terreno é pedregoso, a França, nos últimos meses, vem sofrendo com a reação de alguns que clamam por melhores condições de vida.


O Brasil, todos nós sabemos, precisa se conscientizar da importância de abrir caminhos para a juventude no sentido de proporcionar uma educação que permita uma digna inserção no mercado de trabalho.


Afinal, devemos deixar os preconceitos de classe e investir maciçamente, hoje, nos adultos honestos e trabalhadores de amanhã. Oportunidades iguais para todos!

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