FONTE: DA FRANCE PRESSE (www1.folha.uol.com.br).
Uma pesquisa publicada quarta-feira (20) em Roma, no último dia da conferência internacional sobre a Aids, mostra que a circuncisão permite uma diminuição de 76% dos riscos de infecção com o HIV nos homens.
O estudo da ANRS (Agência Francesa de Pesquisas sobre a Aids), dirigido por Bertrand Auvert, foi realizado na localidade de Orange Farm, subúrbio de Johannesburgo, onde a infecção alcança níveis particularmente elevados: em um grupo com idade entre 35 e 39 anos, 40% dos homens não circuncidados têm HIV; entre as mulheres, 45%.
DADOS.
Por causa de uma campanha de promoção realizada por cientistas, mais de 20.000 homens aceitaram passar por uma circuncisão.
Por causa de uma campanha de promoção realizada por cientistas, mais de 20.000 homens aceitaram passar por uma circuncisão.
O objetivo da pesquisa era comprovar na prática uma queda do risco de 60% estabelecida por testes clínicos.
Se nenhum homem tivesse sido circuncidado nesta comunidade durante o período da pesquisa, a incidência de infecções do HIV teria sido 58% maior, segundo os cientistas.
"Esta é a primeira vez que um estudo em nível mundial demonstra que um programa de prevenção entre adultos heterossexuais funciona no mundo real", explicou Auvert.
"Isso confirma que a circuncisão masculina, barata e que é feita apenas uma vez na vida, é um método preventivo eficaz", declarou o professor Jean-François Delfraissy, diretor da ANRS.
O médico sul-africano Dirk Taljaard, que participa na pesquisa, enfatizou que os cientistas esperam que a repercussão desse método seja uma redução da infecção também entre as mulheres.
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