FONTE: Cristiane Felix, TRIBUNA DA BAHIA.
Com um resultado positivo de redução de cerca de 31% da incidência do vírus, a vacina desenvolvida nos Estados Unidos pela equipe da doutora Genoveffa Franchini, pesquisadora-chefe do laboratório de vacinas em modelo animal do National Institutes of Health (NIH), ainda não é considerada eficaz, mas representa um passo enorme nas pesquisas sobre o desenvolvimento de vacinas anti HIV/AIDS.
O trabalho foi um dos que foram discutidos durante o IX Simpósio Brasileiro de Pesquisa Básica em HIV/AIDS (Simpaids), sediado pela primeira vez em Salvador.Mais de 300 participantes, 60 palestrantes e 14 convidados de países como Estados Unidos, Bélgica, Portugal, Suíça, França, Itália e África do Sul vão discutir até este sábado resultados de estudos e pesquisas relacionadas ao tema, além de servir de palco para a apresentação de projetos com foco no desenvolvimento de vacinas anti HIV/AIDS.
“É fundamental que esta pesquisa seja racionalizada, de modo não só a atender às necessidades do sistema de saúde brasileiro, como também evitar a duplicidade de projetos”, ressaltou o presidente do simpósio, doutor Bernardo Galvão.Entre os projetos destacados, um chama a atenção por ser o de maior representatividade atualmente, de acordo com o doutor Luiz Carlos Junior Alcântara, que integra o Comitê Executivo do Simpaids. Chefiado pela Dra. Genoveffa Franchini, do National Institutes of Health (NIH), em Bethesda, Maryland, nos Estados Unidos, o estudo que começou em modelo animal, já foi testado em humanos e, apesar de não ser eficaz, conseguiu diminuir a incidência do vírus de 31%.
Para ser considerada eficaz, uma vacina precisa alcançar pelo menos 70% de proteção. O estudo continua em desenvolvimento. “Não conseguimos uma vacina ainda, mas isso indica que estamos no caminho certo e que a pesquisa precisa continuar para resultados ainda melhores”, afirmou o pesquisador.
Segundo ele, o simpósio é importante para fazer com que todos entendam o que está sendo feito no Brasil e no mundo em estudos sobre vacina anti HIV/AIDS. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é colaboradora da pesquisa desenvolvida pelo americano doutor David Watkins, pesquisador chefe do grupo de Vacinas da Universidade de Wisconsin-Madison.
O estudo utiliza como vetor vacinal o vírus da febre amarela. O Simpaids segue até amanhã, com programação durante todo o dia no Bahia Othon Palace.
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